O Que é Sair de Babilônia? [ Parte I ]

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Sermões nº 9 e 10 apresentados na reunião da Conferência Geral de 1895 - A.T. Jones

O QUE SIGNIFICA DEIXAR O MUNDO?

Sermão nº 9

Aqui, então, está a situação como se apresenta hoje em todos os lados: Todo elemento do mundo--seja no papado, no protestantismo apostatado, ou de parte do próprio governo--tudo está nos conduzindo ao ponto em que somos compelidos a decidir e separar-nos do mundo e de tudo quanto nele há. 

Bem, portanto, não consideraremos a questão do ponto de vista da verdade de DEUS para ter o Seu ESPÍRITO que verdadeiramente nos separará e revestirá com poder tal que desperte o mundo quanto ao perigo e salve da ruína iminente toda alma que será salva. Aqui está a Palavra: Isaías 40:9:

"Tu, ó Sião, que anuncias boas novas, sobe a um monte alto: Tu, que anuncias boas-novas a Jerusalém, ergue a tua voz fortemente; levanta-a, não temas, e dize às cidades de Judá: Eis aí está o vosso DEUS".

Assim, o SENHOR nos diz neste tempo: "Alçai aos altos montes e erguei a voz com toda força, e não temais. Dizei ao povo: Eis o vosso DEUS. Ele é o vosso refúgio; Ele é vossa salvação; Ele é a vossa proteção".

Agora volvamo-nos ao estudo do que significa sair de Babilônia. Todos sabem agora que sair de Babilônia é sair do mundo e separar-se de Babilônia é separar-se do mundo. O que desejamos saber em seguida é--O que representa sair do mundo? O que é separar-se do mundo? Gal. 1:4 responderá a esta pergunta numa palavra; teremos que ler o terceiro e quarto versos juntos para obter a conexão, mas o quarto verso é aquele que fundamenta a questão.

"Graças a vós outros e paz da parte de DEUS nosso PAI, e do nosso SENHOR JESUS CRISTO, o qual Se entregou a Si mesmo pelos nossos pecados, para nos desarraigar deste mundo perverso, segundo a vontade de nosso DEUS e PAI".

Ao entregar-Se Ele por nossos pecados a fim de livrar-nos deste presente mundo mau, segue-se claramente que a conexão com o presente mundo mau jaz em nossa pecaminosidade. Portanto, para livrar-nos deste mundo devemos ser livrados do pecado. Não de alguns pecados particulares, mas do próprio pecado, a coisa, a raiz e tudo quanto a ele se refere. 

A Palavra de DEUS não apanha um homem e descobre quanto bem há nele e quanto mal há nele, e então remenda o bem sobre o lugar da maldade e leva-o para o céu dessa maneira. Não se deve colocar remendo novo em pano velho; CRISTO o disse, e assim é. Destarte, não temos que ver quanto bem há em nós, quantos bons traços temos e nos damos crédito por esses e então obtemos bondade suficiente do SENHOR para suprir o montante de que possamos carecer. Não. 

Não há bondade, nem uma coisa boa lá em absoluto. A cabeça inteira está doente e o coração inteiro é débil. Desde o alto da cabeça até a planta dos pés não há integridade nele, antes, existem machucaduras e contusões e feridas em putrefação. "Quem me livrará do corpo desta morte?" Rom. 7:24. 

É um corpo de morte simplesmente porque é um "corpo de pecado". Rom. 6:6. Ser libertos do pecado, portanto, é ser livrados de nós mesmos. É isso que representa sair de Babilônia.

Muitas pessoas têm desenvolvido a idéia de que se saírem da Igreja Metodista ou da Igreja Presbiteriana, ou da Igreja Católica e entrarem para a Igreja Adventista do Sétimo Dia, então estão fora de Babilônia. Não. Isso não é suficiente, a menos que estejam convertidos, a menos que estejam separados deste mundo não estarão fora de Babilônia, conquanto estejam na Igreja Adventista do Sétimo Dia e no Tabernáculo de Battle Creek. 

Isto não quer dizer que a Igreja Adventista do Sétimo Dia seja Babilônia; absolutamente não. Mas o homem que está ligado a si mesmo está ligado ao mundo, e o mundo é Babilônia. Vocês separaram-se do pecado, separaram-se deste mundo, para estar fora de Babilônia. 

"Tendo forma de piedade, negando, porém, o seu poder" é simplesmente outra expressão que descreve Babilônia e sua condição nos últimos dias. Sendo assim, se eu, um adventista do sétimo dia, tenho a forma de piedade sem o poder, pertenço a Babilônia; não importa como me intitule a mim próprio, sou um babilônico; tenho sobre mim uma capa babilônica. Trago Babilônia para a igreja onde quer que eu vá.

Outra palavra sobre este verso de Gálatas: CRISTO "Se entregou a Si mesmo pelos nossos pecados, para nos desarraigar deste mundo perverso".

Tudo deste mundo que pode prejudicar um homem ou atrapalhá-lo em sua jornada para o céu é simplesmente o que está dentro dele; é simplesmente o que há nele. Portanto, quando CRISTO livra um homem deste presente mundo perverso, ele simplesmente o livra do pecado e de si próprio. Então, esse homem está no reino de DEUS; ele está no mundo mas não é do mundo. 

Assim JESUS declara: "Eu vos escolhi deste mundo; se sois do mundo, o mundo amará o que era seu". Muito bem; aqui estou eu. Suponham que eu sou do mundo. Então o mundo amará o que é seu. Isso é, o mundo que existe em mim e de mim amará o mundo e se apegará ao mundo. Não pode fazer nada mais, e eu não posso fazer nada mais, porque essencialmente sou do próprio mundo. 

O mundo fora de mim e ao meu redor amará o que é seu, isso é verdade; mas tão certamente quanto eu sou do mundo, me apegarei ao mundo e o amarei; o mundo dentro de mim amará e se apegará ao mundo exterior. 

Eu posso estar me chamando de cristão ao mesmo tempo, mas isso não alterará o caso--o mundo amará o que é seu. Se no coração eu me libertar deste mundo, estarei livre dele, mas se o mundo está lá, eu amarei o mundo, e quando vier o teste, quando a crise chegar, eu me renderei ao mundo e seguirei os caminhos do mundo em geral--permanecerei em Babilônia e adorarei a besta.

Agora volvamo-nos ao terceiro capítulo de 2 Timóteo. Ali temos a mesma coisa sendo ensinada:

"Sabe, porém, isto: Nos últimos dias sobrevirão tempos difíceis; pois os homens serão egoístas... Foge também destes".

Assim, se sou amante do eu, dele tenho que fugir. Mas de quem terei de fugir? Do eu, seguramente. Sair de Babilônia, fugir disso. Não se trata de dever eu olhar para você, e estudar você e ver se você é amante de seu próprio eu, ver se você é avarento e jactancioso e orgulhoso e então separar-me de sua companhia. De modo algum.

Não se trata de eu olhar para outros e dizer: "Oh, não desejo estar numa igreja com irmãos dessa espécie. Não posso ser o tipo certo de cristão aqui. Penso que é melhor ir para Oakland e unir-me à igreja de lá, ou penso que é melhor que eu vá a Battle Creek para unir-me à igreja ali; os irmãos aqui parecem ser tão. . ., tão. . .--nem tenho palavras para descrevê-los, mas é muito desagradável e muito difícil ser um cristão aqui. 

Penso que terei de deixar esta igreja e unir-me a alguma outra". Isso não será absolutamente a resposta, pois a menos que você esteja genuinamente convertido e separado do mundo, quando tiver feito tudo isso, a igreja a que se uniu é tão pior do que era antes e tão mais babilônica por apenas estar ali presente. "Foge também destes". Assim, sendo que devo fugir de mim mesmo, onde fica Babilônia? Onde fica o mundo? Inteiramente no eu, tal como encontramos em Gálatas, capítulo quatro.

Consideremos o terceiro capítulo de 2 Timóteo um pouco mais e vejamos se algum de nós ali se acha. "Os homens serão egoístas, avarentos". Você pode dizer o que levará um homem que professa pertencer ao SENHOR e amar ao SENHOR--o que o levará a reter do SENHOR aquilo que o SENHOR declara explicitamente a Ele pertencer, o dízimo, por exemplo? Aqui estão meios que vêm às minhas mãos; o SENHOR declara que um décimo disso é dEle. Eu professo amar o

SENHOR; vou aos cultos cada sábado; professo pertencer ao SENHOR; professo ser consagrado, porém não permito que o SENHOR tenha o que Lhe pertence. Qual é a raiz disso? O eu. E qual é o primeiro fruto do eu? A cobiça. Eu não roubei nada de meu semelhante nem retive nada dele, mas retive aquilo que pertence ao SENHOR. Então devo fugir de meu cobiçoso eu.

Blasfemadores: Não podemos tomar cada um desses pontos pormenorizadamente. "jactanciosos, orgulhosos, blasfemadores". Um blasfemador, na acepção comum da palavra, é alguém que emprega o nome de DEUS profanamente; alguém que toma o nome de DEUS em vão. Um dos mandamentos de DEUS é estabelecido contra isso. 

Mas conquanto eu não use o nome de DEUS profanamente com os lábios, se professo o nome de DEUS, se o tenho tomado sobre mim e daí seguido um curso de ação para mostrar que tudo é em vão, não tomei o nome do SENHOR em vão? E não irei, por somente seguir tal comportamento, levar outras pessoas a blasfemar o nome do SENHOR? Então, ao professar ser eu do SENHOR e contudo adotar tal comportamento, que, na natureza das coisas, faz com que o nome do SENHOR seja blasfemado, a blasfêmia começa comigo.

Há um verso que poderíamos ler a respeito disso: I Tim. 6:1:

"Todos os servos que estão debaixo de jugo considerem dignos de toda honra os próprios senhores, para que o nome de DEUS e a doutrina não sejam blasfemados".

Aqui a própria Palavra de DEUS lança a verdade bem no coração do indivíduo, que ele deva adotar tal comportamento a fim de que o nome de DEUS e Sua doutrina não sejam blasfemados; que devemos guardar da blasfêmia o nome e a doutrina de DEUS. Mas se eu a sanciono, então é certo que a blasfêmia começa comigo. Tomei o nome de DEUS em vão e fui em vão seu portador.

Eis outro teste: Romanos 2, começando com o verso 17:

"Se, porém, tu que tens por sobrenome judeu, repousas na lei e te glorias em DEUS; que conheces a Sua vontade. . . . Tu, pois, que ensinas a outrem, não te ensinas a ti mesmo? Tu, que pregas que não se deve furtar, furtas?"

"Aqui estão os que guardam os mandamentos de DEUS e têm a fé de JESUS". Tu que te glorias na lei, tu que ensinas que um homem não deve furtar, que estás fazendo? Estás sonegando impostos? 

Estás conseguindo vantagem em negociatas? Se se desse de estar na direção de algum de Seus negócios, estarás pronto para fazer uma negociata para o SENHOR? Julgas ser isso integridade para a Causa? Não. É desonestidade. É iniqüidade. Não posso ser egoísta para o SENHOR. Isso não quer dizer que não devemos ser cuidadosos e econômicos, mas significa que não posso fazer negociatas para o SENHOR mais do que para mim próprio e ainda ser honesto. Portanto, "Tu, que pregas que não se deve furtar, furtas?" Ou és tu honesto?

"Dizes que não se deve cometer adultério, e o cometes?" Mantêm a relação matrimonial sagrada? Honram essa ordenança? Ou--como tem-se revelado muito comum entre os nosso rapazes especialmente, e mesmo alguns que estão "se preparando para o ministério" também, que parecem considerar levianamente essa solene ordenança de DEUS ao ponto de saírem por aí e se comprometerem em namoro com alguma jovem que possa ajustar-se a sua fantasia à primeira vista, e depois, vendo outra que inspira em maior medida a sua fantasia, rompem o seu compromisso. 

E daí, se não se casam antes de encontrarem outra mais, estão prontos para repetir esse curso de ação.

O sétimo mandamento foi colocado na lei de DEUS para guardar a instituição matrimonial, a ordenança do casamento, e os homens não podem desconsiderar a instituição matrimonial, essa solene ordenança de DEUS, sem violar o mandamento. 

Num único ano pude apontar pelo menos meia dúzia de jovens, professos cristãos, que se haviam comprometido com senhoritas e cada um deles rompeu seu compromisso casando-se com alguma outra, porque se ajustava mais à sua fantasia. E alguns desses estavam se preparando para "a obra do SENHOR". Desejo saber se vem a ser um preparo apropriado para a obra do SENHOR pisotear uma das mais sagradas ordenanças de DEUS na primeira oportunidade.

"Dizes que não se deve cometer adultério, e o cometes?" Você honra os mandamentos de DEUS? Você honra Suas ordenanças? "Bem", dirá alguém, "poderia admitir que um homem se case com uma mulher que não ame?" Não, não admitiria, mas o faria saber do que se trata o amor e o que realmente deseja na vida antes de comprometer-se com uma jovem. Nesse comportamento que estou descrevendo não há amor, para começo de conversa. Trata-se apenas de fantasias sem rumo. 

A jovem pode ser perfeitamente honesta na questão; pode haver amor de sua parte e na maioria dos casos isso se dá. Mas da parte dele é tudo mera fantasia. E se se desse o caso de o matrimônio consumar-se antes que outra inspire sua fantasia com mais vigor do que se deu com a primeira, algum dia ele pode encontrar alguém que o faça, e então não estará seguro de sua posição. 

Qualquer homem que viole a sagrada confiança que jurou desse modo a uma mulher nunca estará seguro de que será fiel a outra mulher. Quando pisoteou essa coisa sagrada em que DEUS reservou a máxima felicidade para os seres humanos como tais, ele não tem garantias, mesmo a seu próprio respeito, de que será fiel em qualquer outro caso do mesmo tipo.

Mas que dizer do homem, seja como for, que vá tão longe para obter o amor de uma mulher e termina por traí-lo? A Bíblia, ao falar do amor mútuo de dois homens, encontra sua mais forte ilustração em descrevê-lo como "superando o amor das mulheres". Contudo, um homem o obtém e prende-a por seu amor a ele, para daí rudemente romper todas as cordas de afeto e pô-lo sob pés. Isso é uma violação do sétimo mandamento. É pisotear a instituição que esse mandamento visa guardar, ao tomarem medidas que, se levadas a sua conclusão lógica--somente uns poucos passos--conduzirão ao fato real.

Permitam-me dizê-lo novamente que não desejaria que nenhuma pessoa se casasse com alguém a quem não ama, mas desejaria que toda alma tivesse reverência suficiente pela ordenança de DEUS, sobriedade suficiente e consciência cristã para conhecer seus próprios sentimentos. Gostaria que tivesse suficiente senso para saber o que está fazendo, descobrir perante DEUS o que é o amor antes de entrar nessa relação soleníssima com suas sagradas obrigações.

"Dizes que não se deve cometer adultério, e o cometes?" Esta é a questão.

"Abominas os ídolos, e lhes roubas os templos?" Mas você dirá, "Eu não adoro paus e pedras; eu não me inclino perante imagens de escultura". Não, você não o faz. 

Mas que dizer das modas do mundo? 

Que tipo de chapéu é esse que está trajando? 

Que tipo de bengala é esta que está carregando? 

Que tipo de vestido é este que cortou e fez? 

Por que o corta e segue o modelo, como faz? 

É porque é mais confortável dessa maneira? 

É porque é mais agradável a DEUS dessa maneira? 

Não. Você sabe que é, antes, porque está mais perto do que dita a moda. Você sabe que é porque se conforma mais com o mundo e se ajustará melhor ao que se pratica no mundo. Mas este mundo é vaidade; é idolatria. 

Satanás é o deus deste mundo. "Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação de vossa mente". "Todo aquele que é amigo do mundo é inimigo de DEUS". Portanto, embora eu não me curve diante de imagens esculpidas; conquanto eu possa não adorar o pau e a pedra, contudo se eu seguir as modas, os métodos e as coisas deste mundo e conformar-me com os caminhos do mundo em lugar de indagar a DEUS o que Ele deseja, então o que estarei adorando? O deus deste século. Há nisso idolatria também. Existe inimizade contra DEUS.

Nada sei de mais incoerente, mais irrazoável do que a moda--desejar todos moldados num mesmo estilo e ajustados ao mesmo modelo, para que todos se pareçam iguais. Por que DEUS não nos criou todos iguais desde o princípio? A mentalidade da moda é precisamente a do diabo. 

Ele deseja tornar todos do mesmo molde em religião e assim precisa tornar isso tão atraente que todos usem isso e daí tenham o governo tomando e determinando na lei e requerendo que todos utilizem essa forma de religião da moda. E toda essa concessão à moda em vestuário é simplesmente uma forma de levá-los a fazer concessões no mundo da religião. Oh, é tudo idolatria.

"Abominas os ídolos, e lhes roubas os templos?"

Se DEUS desejasse que fôssemos todos iguais e parecêssemos iguais, por que não nos criou todos iguais? Ora, às vezes vemos pessoas trajando certas roupas que de modo algum lhes assenta, mas são-lhe inteiramente desajustadas. Podem trajar um chapéu ou um vestido de uma cor que fá-los parecerem como se estivessem se recuperando de uma crise de icterícia. Mas nem se incomodam com isso. Tudo em que pensam é que isso está agora na moda.

Mas DEUS nos criou neste mundo de modo a que duas pessoas não sejam iguais. Cada um é alguém com personalidade e individualidade própria. E o SENHOR tenciona que cada cristão exerça uma influência neste mundo que nenhuma outra pessoa neste mundo possa exercer. 

Ele espera que cada um de nós se vista de modo a que a forma em que DEUS o fez será representada para o mundo em perfeita harmonia, perfeita adequação em todos os aspectos; de modo a que DEUS possa empregar a individualidade que criou para os propósitos aos quais Ele os criou. Vistam-se para adequar-se ao SENHOR, e então tudo quanto trazemos em nós falará de DEUS e das coisas justas. 

Mas alguém pode destruir tudo quanto DEUS intencionou fazer por um jovem ou uma jovem que professam o cristianismo e então esperam exercer influência no mundo por vestir-se segundo a maneira deste mundo! Isso não pode ocorrer. As duas coisas não operarão absolutamente juntas. 

Você não pode impressionar ninguém em favor do cristianismo dessa maneira, porque tudo aquilo por meio de que o SENHOR operaria é bloqueado por esse tributo à idolatria. Vistam-se do modo como o SENHOR aprovaria e descobrirão que não é caro, nem requererá muita elaboração ou criatividade para se estar vestido de modo adequado e sóbrio. "Abominas os ídolos, e lhes roubas os templos?" É isso que desejo saber. Sua mente está em DEUS? Veste-se para agradá-Lo? Está buscando agradá-Lo? Ou está se preocupando com o que dirá este ou aquele? "Abominas os ídolos, e lhes roubas os templos?"

"Tu, que te glorias na lei, desonras a DEUS pela transgressão da lei? Pois, como está escrito, o nome de DEUS é blasfemado entre os gentios por vossa causa".

Sermão nº 10

Pelo que entendo, alguns pensam que eu não falei o suficiente sobre vestuário na noite passada. Julgo que talvez assim seja, porque é bem provável que os que pensam que eu não falei suficientemente sobre vestuário se alegrariam se eu tivesse falado sobre os que se vestem adequada e mesmo elegantemente, enquanto eles próprios pensam que estão bem.

Há pessoas que, quando vêem alguém bem vestido logo toma isso como evidência de orgulho. Mas é tanto evidência de orgulho quando alguém se gaba de seu descuido ao vestir, quanto ao orgulhar-se de sua aparência. Tenho visto pessoas que se orgulhavam de seu desleixo. Tenho visto pessoas orgulhosas de sua falta de orgulho. Agradeciam a DEUS por não serem orgulhosos. Mas eram.

Talvez por essa razão eu não falei o suficiente sobre vestuário antes, e portanto eu acrescentaria isto, de que os que se orgulham por sua falta de orgulho e nesse orgulho julgam-se certos, quando poderiam e deveriam vestir-se melhor ou mais adequadamente do que o fazem, fariam bem em corrigir-se e atingir um padrão mais elevado.

Contudo, não estava falando sobre vestuário. Esse não era o tema. Estava falando sobre sair de Babilônia. Estou falando contra a idolatria, que grande sacrilégio é, e quão abominável é a adoração de ídolos.

Tínhamos atingido no terceiro capítulo de 2 Timóteo a palavra "blasfemadores"'. Não podemos apanhar cada uma dessas palavras individualmente, mas há palavras ao longo daquela lista que merecem ser destacadas por nós. Uma dessas é "ingratos". Nestes últimos dias as pessoas, tendo uma forma de piedade sem o seu poder, serão ingratas. 

Ser ingrato é não ser grato. Grato significa cheio de gratidão. Como se dá com você? Em que condição se acha? Você professa a religião; professa santidade. Você está repleto de gratidão? Ou é grato quando tudo corre bem e lhe convém? 

Mas quando as coisas não saem de acordo com os seus interesses, então você tem dúvidas, é impaciente e fica a imaginar-se como isso terminará para você. Está descontente e ingrato quando tal e tal coisa acontece? É você às vezes grato e às vezes ingrato? Se eu às vezes sou grato e outras vezes ingrato, então serei grato? Não. "Foge também destes".

Os que têm uma forma de piedade sem o seu poder têm os seus altos e baixos, segundo os sentimentos. Mas DEUS não deseja que nenhum cristão tenha altos e baixos em absoluto, somente altos. Ele nos anima; isto é, nos dá vida e nos eleva dentre os mortos para início, e tenciona que prossigamos até nos determos na mão direita de DEUS.

Tomemos outra figura: Somos plantados. Somos chamados árvores--árvores de justiça--enraizados e firmados no amor de DEUS, e espera-se que essa árvore cresça mais e mais. 

Não crescer, e daí recuar. Como me disseram na Flórida, quando lá estive no último outono, algumas de suas laranjeiras ficam "mortiças". Elas crescem depressa, superando em altura todas as demais árvores, e então ficam como mortas, quase até ao nível do chão. No ano seguinte novamente crescem rápido, superando em altura todas as árvores e outra vez ficam como mortas. Mas esse não é o tipo de árvore que DEUS tem em Sua horta. Ele planta árvores de justiça e

espera que elas não fiquem nesse alto e baixo, crescendo rapidamente e quase mortas depois, mas deseja que cresçam, somente cresçam.

"Irreverentes": Todos sabemos o que somente torna algo santo--a presença de JESUS CRISTO. A presença constante de DEUS somente pode tornar qualquer lugar ou qualquer coisa santa. Mas os que têm apenas aparência de piedade sem a presença de DEUS são necessariamente irreverentes. 

E esta passagem declara: "Foge também destes". Se eu sou irreverente, desse tal devo fugir; isso é, fugir de mim mesmo. O único lugar a que podemos fugir de nós mesmos é junto a DEUS. E isso traz a permanente presença de DEUS, o que torna santo e santifica.

"Desafeiçoados": Como você trata os filhos? Logicamente nossos filhos não são perfeitos; eles não são nascidos santinhos, porque são nossos filhos. Descobrimos muitas coisas esquisitas sobre eles em sua conduta, isso é verdade. Mas, ainda assim, como os tratamos? Como chegaram a trilhar esses caminhos tortuosos? Como assimilaram aquelas coisas vis? 

A gente ouve muitas pessoas dizerem de certos atos ou traços de caráter numa criança: "Bem, essa criança está sendo autêntica com isso". Sim, isso é verdade. De fato, haverá algo que a criança manifeste que não lhe seja autêntico? Logicamente que não, pois a criança não trouxe a si mesmo ao mundo. 

Não estou em nenhum sentido dizendo que se devam permitir tais traços sem controle. Mas ao corrigi-los devemos tratá-las como se fossem inteiramente responsáveis por eles? Ou consideraremos que nós próprios somos responsáveis em certa medida por eles? Como será conosco, "desafeiçoados" ou admitiremos que temos algo a ver com isso? Permitiremos que a coisa ali esteja naturalmente e atue dessa forma, não somente com afeto mas com a afeição da graça divina?

"Implacáveis": Uma trégua se estabelece quando dois exércitos estão em guerra. Uma bandeira é enviada por um lado ou outro--que se chama bandeira de trégua. Uma trégua é uma pausa em meio à guerra, uma interrupção de hostilidades. Pode dar-se para o sepultamento dos mortos. Pode dar-se para uma conferência visando à paz. Pode dar-se por uma razão ou outra, mas uma trégua é uma interrupção de todo combate e toda disputa por aqueles que haviam estado anteriormente em guerra. 

Se for para o sepultamento dos mortos, eles podem misturar-se entre si, sentar-se e conversar, tudo em perfeita paz. Mas quando a trégua termina, a guerra recomeça. A Escritura declara (Tito 3:2,3): "Não difamem a ninguém; nem sejam altercadores, mas cordatos, dando provas de toda cortesia para com todos os homens". Há uma trégua agora. 

Mas o que se dava antes? "Pois nós também outrora, éramos néscios, desobedientes, desgarrados, escravos de toda sorte de paixões e prazeres, vivendo em malícia e inveja, odiosos e odiando-nos uns aos outros". Era assim que costumava ser; e aquele que odeia quebrantou o mandamento que diz: "Não matarás". 

Anteriormente havia disputas, inveja, ciúmes, malícia, ódio e maledicência e coisas tais. Assim se dava antes. Agora encontramos a CRISTO--ou professamos fazê-lo--e isso inspira paz, e esta é a trégua. Isso é aceito entre os cristãos, entre os que chamaram ao nome de CRISTO.

Portanto, após apelar ao nome de CRISTO e professar ser dEle, o homem que se dedica a qualquer malícia, inveja, ódio, maledicência, disputas--o que é ele? É um implacável [irreconciliável, segundo Almeida Antiga]. É você um desses? "Foge também destes".

"Caluniadores": A próxima expressão vem inevitavelmente, "implacáveis, caluniadores". E o termo grego traduzido por "caluniadores" é diaboloi, diabos, porque o termo grego para o diabo é diabolos--o acusador, o principal de todos os acusadores entre os que acusam. 

Lembram-se de Apocalipse 12, que declara dele: "foi expulso o acusador de nossos irmãos, o mesmo que os acusa de dia, e de noite, diante do nosso DEUS". Isso refere-se ao próprio diabo--o acusador principal. E aqui na palavra que estamos estudando, é expressa no plural--diaboloi--diabos. Isto é, eles seguem os caminhos do diabo, o acusador-chefe, e assim são chamados diabos, também falsos acusadores. 

Agora não os estou chamando de diabos. Estou chamando a atenção de vocês ao fato de que o SENHOR os chama de diabos. Os caluniadores. Você é um deles?

Agora estamos estudando Babilônia e o sentido de sair de Babilônia. Tenho uma pequena citação aqui que oferece alguma idéia de como é realmente estar em Babilônia, onde a mãe das prostitutas está, onde Babilônia, a mãe se assenta--na própria Roma. E será esta uma ilustração do que isso significa aqui e o que é assinalado nas palavras "implacáveis" e "caluniadores".

O Cardeal Gibbons no ano passado, pouco depois de retornar de Roma, concedeu uma entrevista ao correspondente do New York World, e a entrevista foi reproduzida no Catholic Standard no mês de outubro de 1894, e eis uma declaração da entrevista:

"Ao falar, sua eminência pesa suas palavras elegantemente. Conquanto ele não tenha sombra de reserva quando está tratando com pessoas em quem confia, é cuidadoso na expressão de seus pontos de vista. Uma vez ele me assegurou que o prazer que obtinha de ver Roma era grandemente diminuído pela necessidade de conservar uma guarda sobre os lábios. 

'No estranho clima de Roma', ele explicava, 'suas palavras mais leves são apanhadas, comentadas e mal-interpretadas'. 'Estou acostumado a dizer o que penso, clara e diretamente, em nosso estilo americano', acrescentou ele".

Mas em Roma ele não podia agir assim. Como é em Battle Creek? Como é em Oakland? Como se dá em College View? Como se dá na igreja que você freqüenta? Tem essa perfeita confiança como para com um irmão com todos os demais a quem fala, que nenhuma palavra é apanhada, comentada e mal-interpretada? 

Ou existe tal coisa de apanhar palavras, tornando um homem um ofensor por uma palavra? Não tomar tempo para entender o que ele disse, não saber se ouviu distintamente o que se disse, você apreendeu algum tipo de som indefinido e não lhe pareceu muito bem. Então precisa correr ao Presidente da Associação ou algum outro irmão em posição importante para narrar-lhe. 

"Oh, o irmão tal e tal disse isto e aquilo. Como podem tê-lo no ministério? Como podem sustentar um homem que mantém tais doutrinas?" Já viram acontecer algo assim? Eu simplesmente faço essas perguntas. Vocês podem decidir.

"Você pode dizer se é assim ou não em Battle Creek ou qualquer outro lugar entre os adventistas do sétimo dia, então onde fica a diferença sobre esse ponto entre estes e a própria sede de Babilônia--Roma, onde suas palavras são "apanhadas, comentadas e mal-interpretadas!" Se assim é, não seria tempo de sair de Babilônia? 

Não é tempo de fugir desses e achar a ligação com JESUS CRISTO, uma confiança e fé perduráveis nEle a ponto de haver perfeita confiança cristã entre todos quantos professam o nome de CRISTO, de modo que suas palavras não sejam apanhadas, comentadas, e mal-interpretadas?

Agora, é verdade que o cristão deve ser tão absolutamente veraz, franco e transparente que não precise preocupar-se com o que as pessoas façam de suas palavras. Mas o que os que professam ser cristãos estão prontos para fazer com suas palavras? Essa é a questão. E se assim é nas igrejas onde você assiste, então "foge também destes". Quero dizer, se você for um desses, fuja de si próprio.

Caluniadores, sem domínio de si, cruéis, inimigos do bem, traidores, atrevidos.

"Atrevidos": Há uma expressão que é comum entre as pessoas hoje que expressa a mesma coisa. É a palavra, "cabeçudo". Atrevido--as informações todas jazem na cabeça. Tudo quanto sabem está em sua cabeça, e pensam que há tanto que até se surpreendem de como sua cabeça pode conter tudo. Mas essa é uma das características dos últimos dias. As pessoas serão atrevidas. Isto é, têm o seu conhecimento na cabeça.

Mas DEUS deseja pessoas de bom coração nestes dias. Em lugar de as pessoas serem cabeçudas, ele deseja que tenham um grande coração. DEUS deu a Salomão um grande coração, e a exortação para nós todos, em Coríntios, é "sede compassivos". DEUS deseja pessoas de grande coração--pessoas de coração grande, não de cabeça grande. 

E não há alternativas para isso; os Testemunhos freqüentemente nos têm dito suficientemente bem que há demasiadas teorias entre os adventistas do sétimo dia e não suficiente experiência do amor de CRISTO no coração. Demasiados dogmas e insuficiente dotação do ESPÍRITO de DEUS. 

Demasiada forma e muito pouca experiência prática real do poder de DEUS e da verdade operando no coração e resplandecendo na vida. Foge também destes. Permitamos que DEUS Se aposse do coração inteiramente, que o amplie com o preenchimento de toda a Sua plenitude.

"Enfatuados": A próxima palavra procede logicamente desta. É a conseqüência disto, tanto quanto os caluniadores vêm dos implacáveis. Estes são "enfatuados". Há uma palavra sobre isso no 12º capítulo de Romanos, verso 16: "Tende o mesmo sentimento uns para com os outros; em lugar de serdes orgulhosos, condescendei com o que é humilde". 

Como se dá em nossa obra de estudos bíblicos, reuniões de tendas, e assim por diante? Alegramo-nos quando alguns dos ricos vêm, alguns da "alta sociedade", e demonstram simpatia pela mensagem, quando então pensamos: "Oh, estamos realizando grandes coisas"? 

E outro homem, como Tiago descreveu, "pobre andrajoso", entra na tenda e sua aparência não é inspiradora. E dizemos ao homem de roupas vistosas, "Oh, venha para aqui. Há um lugar onde assentar-se". O outro homem -- Oh, não o conhecemos em absoluto. 

Como se dá? Tiago diz que isso é acepção de pessoas. Você faz acepção de pessoas? "Se . . . fazeis acepção de pessoas, cometeis pecado, sendo argüidos pela lei como transgressores". Não podem fazer isso. "Em lugar de serdes orgulhosos, condescendei com o que é humilde". 

Não estou querendo dizer que devemos rebaixar o rico ou aqueles que têm alta posição social; em absoluto. Eles devem ser chamados a CRISTO e converter-se tanto quanto todos os demais. 

O que estou pedindo é, estamos cortejando a estes e julgando que algo muito relevante é feito quando um desses revelam algum interesse ou favor para conosco ou a verdade, enquanto desconsideramos ou rebaixamos o pobre e o destituído? 

Não há acepção de pessoas para com DEUS. "Se . . . fazeis acepção de pessoas, cometeis pecado". "Em lugar de serdes orgulhosos, condescendei com o que é humilde; não sejais sábios aos vossos próprios olhos".

Há outro verso em Filipenses que toca o mesmo ponto, com uma exortação a todos nós.

Fil. 2:3-6:

"Nada façais por partidarismo, ou vanglória, mas por humildade, considerando cada um os outros superiores a si mesmo. Não tenha cada um em vista o que é propriamente seu, senão também cada qual o que é dos outros. Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em CRISTO JESUS".

"Antes amigos dos prazeres que amigos de DEUS": Não preciso chamar atenção especial para isso. A lição do irmão Prescott na noite passada foi suficientemente apropriada neste ponto em particular. "Tendo forma de piedade, negando-lhe, entretanto, o poder. Foge também destes".

Agora, há outra passagem sobre essa fase particular do estudo, quanto ao que significa sair do mundo e onde o mundo se acha e em que ponto estamos ligados ao mundo.

Volvamos atenção a Tiago 4:4:

"Infiéis, não compreendeis que a amizade do mundo é inimiga de DEUS? Aquele, pois, que quiser ser amigo do mundo, constitui-se inimigo de DEUS".

Não apela isto a cada um a indagar-se a si próprio: Tenho amizade com o mundo? Não, tenho eu mais amizade pelo mundo do que pelo SENHOR? Tenho alguma medida disso? "Aquele, pois, que quiser ser amigo do mundo, constitui-se inimigo de DEUS". Isto é o que está escrito, e assim é. 

Observem como inicia vigorosamente: "Infiéis". Consideremos essa expressão e vejamos o que significa em conexão com Babilônia. Bem nessa expressão podemos descobrir como Babilônia se originou e cresceu. Volvamo-nos a Romanos 7:1-4:

"Porventura ignorais, irmãos, pois falo aos que conhecem a lei, que a lei tem domínio sobre o homem toda a sua vida? Ora, a mulher casada está ligada pela lei ao marido, enquanto ele vive; mas, se o mesmo morrer, desobrigada ficará da lei conjugal. 

De sorte que será considerada adúltera se, vivendo ainda o marido, unir-se com outro homem; porém, se morrer o marido, estará livre da lei, e não será adúltera se contrair novas núpcias. Assim, meus irmãos, também vós morrestes relativamente à lei, por meio do corpo de CRISTO, para pertencerdes a Outro, a saber, Aquele que ressuscitou dentre os mortos"

Quem que professa o nome de CRISTO se posta numa posição em que sua própria profissão declara estar casado com JESUS CRISTO, como a esposa está casada com o seu marido. Agora, a esposa que tem um marido e fixa sua mente sobre outro homem e coloca sua dependência sobre outro homem, o que é ela? Vocês sabem.

O seu marido ali está o tempo todo, o marido está vivendo e vivendo com ela. Nosso marido está vivo, e ele declara: "Nunca te deixarei e nunca te esquecerei". Ele não se assemelha a um marido humano, que às vezes é convocado por um longo tempo, mas mesmo que o marido humano seja chamado para ficar distante por um longo período, isso não justifica a esposa de depositar sua dependência sobre outro homem".

Mas há esse marido celestial com quem estamos unidos, como uma esposa na associação matrimonial. Ele veio do céu para atrair-nos para longe deste mundo, para longe do deus deste mundo e toda ligação com o mundo, para DEUS. CRISTO declara: "Eu não sou do mundo". 

Ele é o segundo Adão. O primeiro homem--o primeiro Adão--é da terra, terreno; o segundo homem é o SENHOR do céu. Como é o terreno, tais são também aqueles que são da terra. E como é o celestial, tais são também os que são do céu. Nosso marido é do céu e é somente celestial.

Quando Ele estava no mundo, não era do mundo. Ele não depositou dependência sobre o mundo. Não tinha nenhuma ligação com ele. Como é o celestial, assim são também os que são celestiais.

Aqui estamos, então, unidos àquele marido celestial nessa relação celestial. E aquele que professa isso e então tem a sua mente, suas afeições, sua amizade, para com o mundo e sobre o

mundo--o que é isso? É uma violação da associação matrimonial. É este o significado quando a Palavra declara: "Infiéis". Assim se dá com o indivíduo. O que será, pois, numa combinação de indivíduos que compõem uma igreja? Um indivíduo é ligado com CRISTO em uma experiência cristã individual e mantém uma ligação cristã individual. Uma inteira combinação destas ligadas a CRISTO formam a igreja de CRISTO e deveria ter uma experiência de igreja e uma ligação de igreja.

Tomem, então, um desses indivíduos que se desviaram de CRISTO, o verdadeiro marido e legítimo SENHOR, e tem amizade com o mundo, deposita sua confiança nos governantes deste mundo. 

Ele é um adúltero, como no texto. Coloque com ele uma inteira combinação de pessoas que estão agindo assim, fazendo uma igreja também desse tipo, isso é o que tornou Babilônia a mãe--cometendo fornicação com os reis deste mundo, os meios deste mundo--colocando sua confiança sobre os governos e alianças deste mundo. 

Portanto, a próxima expressão que vemos nas Escrituras descrevendo-a é onde ela tem cometido fornicação com os reis da terra, e se assenta sobre uma besta de cor escarlate, tendo sobre sua testa um nome escrito: "MISTÉRIO, BABILÔNIA A GRANDE, MÃE DE TODAS AS MERETRIZES E ABOMINAÇÕES DA TERRA". Ela estabelece o exemplo de impiedade, e outras igrejas--professamente protestantes--têm seguido o mau exemplo e assim têm-se tornado filhas dessa baixa linhagem.

Assim podem ver que aquilo mesmo a que Tiago se refere, que o leva a empregar o termo "infiéis"--essa amizade com o mundo por aqueles que professam o nome de CRISTO--isso é o que fez Babilônia no início e é o que faz Babilônia a mãe e as filhas e todo o completo conjunto denominado Babilônia. 

É a professa igreja de JESUS CRISTO, tendo a forma de piedade sem contar com o seu poder. Mas tendo a amizade do mundo. Tendo ligação com o mundo, dependendo dos reinos e modos deste mundo, e não do forte, amorável braço de seu marido legítimo. A amizade com o mundo contém em si mesma tudo que Babilônia é. É inimizade com DEUS.

Portanto, podem ver que toda consideração, todo princípio sobre que a Escritura toca, requer, meramente no princípio indicado, plena separação do mundo e de tudo quanto nele há. 

Mas quando o mundo está nessa condição e todos se afastando de DEUS e reunindo-se para um confronto com o SENHOR, contra o Seu CRISTO, nas pessoas daqueles cujos nomes estão escritos no livro da vida do Cordeiro, morto desde a fundação do mundo--de todos os tempos que jamais existiram sobre a Terra, agora é o tempo em que essas passagens devem obter força viva e poder vivo com aqueles que clamam pelo nome de CRISTO e especialmente aqueles cujos nomes estão escritos no livro da vida.

Agora, notem: Temos estudado até aqui o que Babilônia é e o que abrange. E descobrimos que abrange o mundo inteiro. Portanto, o que deve dela sair não difere de sair do mundo. Ultimamente temos visto o que é sair do mundo, e é certo que se trata de separar-se inteiramente do mundo e de tudo quanto nele há, não tendo ligação em absoluto com ele. 

A próxima indagação deve ser--Como se deve cumprir isso? DEUS fez completa provisão para isso. Essas provisões estão totalmente prontas para a nossa aceitação. 

E agora, ao começarmos o estudo desta parte do tema, devemos saber que cada coração que receber a Palavra de DEUS no ESPÍRITO de CRISTO com a submissão que se requer--o próprio SENHOR fará com que essa verdade realize a própria coisa que se faz necessária para cada um que a receba. Essa verdade nos separará verdadeiramente; ela cumprirá essa obra por nós. 

Não podemos fazê-lo por nós mesmos. Não podemos separar-nos de nós mesmos. Mas DEUS tem uma verdade que realizará isso, e ela nos separará de nós mesmos, nos livrará desse presente mundo maligno, nos livrará do pecado no abstrato--não simplesmente dos pecados individuais, mas do pecado--de modo que o pecado não terá domínio sobre nós, mas em seu lugar atuará o poder de DEUS.

DEUS tem uma verdade em Sua Palavra que realizará exatamente isso e nos erguerá acima do mundo a fim de que habitemos na luz da glória de DEUS e do reino de DEUS. Esse poder estará sobre nós e em nós e ao nosso redor de modo que avançaremos à obra a que fomos chamados, para realizar a obra que DEUS tem a cumprir e fazer soar fortemente a mensagem de advertência e o chamado que deve agora ser dado a todos: "Retirai-vos dela, povo Meu".

Não podemos fazer esse chamado a menos que estejamos fora completamente nós mesmos. Não posso chamar alguém para fora do mundo quando eu próprio não estou fora. Não posso levar alguém a ver o que é a separação do mundo. Não posso fazê-lo com a verdade de DEUS, a menos que eu veja e saiba por minha própria experiência o que significa a separação do mundo. 

Não posso chamar as pessoas a se separarem inteiramente do mundo ou de qualquer coisa dele e fazê-las depositarem sua confiança inteiramente em DEUS e em nada mais, quando eu próprio estou ligado ao mundo. Não pode realizar-se. Podemos declarar as palavras dirigidas a elas: "Retirai-vos dela", mas não haverá poder nas palavras que as alcance para trazê-las para fora, como somente o poder de DEUS é capaz, e não podem sair por si mesmos.

Como vimos numa lição anterior, é a "voz do céu" que chama as pessoas a saírem de Babilônia. Então, certamente é verdade que deste tempo em diante devemos estar tão ligados com o céu em nosso trabalho, que quando falamos a Palavra de DEUS, as pessoas ouvirão a voz do céu, que cumprirá o desígnio do solene chamado. 

E na linha de verdade que é para vir na próxima divisão do tema, DEUS de tal modo ligará com o céu todos que a recebam que tal indivíduo encontrará o céu sobre a terra, segundo as Escrituras. E Ele fará com que isso se cumpra com todos que se submeterem inteiramente a DEUS e a Sua verdade, e ouvirem a voz do céu.

Portanto, eu pedirei que entre esta e a próxima lição todos coloquem a mente e coração solene e sagradamente em preparo para o que o SENHOR tem a dizer, para tudo quanto Ele nos dará e para tudo que Ele fará por nós.

DEUS tem importante verdade para nós que cumprirá a grande obra que deve ser feita por nós, e precisamos ter tudo submetido a Ele, dizendo: "Fala, SENHOR, que o Teu servo ouve". E quando Ele fala, deixem de lado tudo, aceitem a Palavra, porque é a Palavra de DEUS, e essa palavra nos erguerá acima do mundo. Então, quando DEUS nos tem levantado, nós podemos reluzir.

Veja Aqui a 2ª Parte - Sair da Babilônia Parte II

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