11 Estão os Meus Pecados Perdoados?

anunciando alto clamor

Pelo sangue que vem da cruz,

Fui lavado do pecado.

Muitos dos cristãos de hoje em dia param por aqui – param naquele dia de felicidade em que Jesus tirou seus pecados. Que dia feliz! Mas para estarmos livres da escória, precisamos ir muito mais além.

O Senhor está preparando um povo, um povo que vai refletir o Seu caráter para o mundo, e está escrito que quando Ele vir Sua imagem perfeitamente reproduzida em Seu povo, então virá para reclamá-los como Seus. (Parábolas de Jesus, p.29). O próprio fato de Ele ainda não ter vindo é por Sua imagem ainda não estar perfeitamente reproduzida. 

E a razão de Sua imagem ainda não ter se reproduzido perfeitamente é por Sua imagem precisar ser restaurada a partir de um estado tão decrépito como o nosso. No princípio o homem foi criado à imagem de Deus, mas com a transgressão de Adão e Eva, o homem foi, num certo sentido, recriado à imagem de Satanás. A possibilidade de o homem desenvolver um perfeito caráter, tornou-se impossível, a não ser pela misericórdia de Deus.

Nas Escrituras encontramos uma parábola que nos mostra a misericórdia de Deus em referência ao estado em que o homem – nós, eu – nos encontramos. Ao lermos Mateus 18:23-27, temos uma história com significado profundo, e que nos mostra de forma muito clara algo que precisamos aprender:

"23| Por isso o reino dos céus é comparado a um rei que quis tomar contas a seus servos;
24| e, tendo começado a tomá-las, foi-lhe apresentado um que lhe devia dez mil talentos;
25| mas não tendo ele com que pagar, ordenou seu senhor que fossem vendidos, ele, sua mulher, seus filhos, e tudo o que tinha, e que se pagasse a dívida.
26| Então aquele servo, prostrando-se, o reverenciava, dizendo: Senhor, tem paciência comigo, que tudo te pagarei.
27| O senhor daquele servo, pois, movido de compaixão, soltou-o, e perdoou-lhe a dívida."

Vamos ler outra parábola. Esqueça dos seus irmãos. Esqueça do que eles te fizeram. Leiamos a parábola em Lucas 18:10-14 – dela tiramos não só esperança e conforto – mas mais profundo ainda:

"10| Dois homens subiram ao templo para orar; um fariseu, e o outro publicano.
11| O fariseu, de pé, assim orava consigo mesmo: Ó Deus, graças te dou que não sou como os demais homens, roubadores, injustos, adúlteros, nem ainda com este publicano.
12| Jejuo duas vezes na semana, e dou o dízimo de tudo quanto ganho.
13| Mas o publicano, estando em pé de longe, nem ainda queria levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, sê propício a mim, o pecador!
14| Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, e não aquele; porque todo o que a si mesmo se exaltar será humilhado; mas o que a si mesmo se humilhar será exaltado."

Quem foi embora justificado? Quem foi embora com os seus pecados perdoados? Aquele que disse que era ‘um’ pecador? Na verdade, ele disse ‘O’ pecador! E se ele é ‘o’ pecador, as outras pessoas são o que? São justas!

Ellet J. Waggoner aprofunda esse assunto de forma muito simples e ainda assim muito linda na "The Present Truth" (A Verdade Presente), edição do Reino Unido, 16 de agosto de 1894:

“O Pecador” – A tradução literal da oração do publicano é, “Deus, sê propício a mim, o pecador”. Veja margem da Versão Revisada. Aqui se encontra o contraste mais marcante com a oração do Fariseu, que viu os pecados de todo o mundo menos os seus próprios. O publicano viu a si mesmo como o único pecador. Essa é a característica da verdadeira convicção do pecado. Aquele que aprendeu do Senhor, ver-se-á como tão grande pecador, que não consegue imaginar que exista qualquer outra pessoa tão má quanto ele mesmo.

O que disse o Apóstolo Paulo? “O pior dos pecadores” (1 Timóteo 1:16).

"Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar todos os pecados e nos purificar de qualquer injustiça." (1 João 1:9)

Confessar os pecados dos meus irmãos? Dizer, “Senhor, eles fizeram com que eu tropeçasse; Senhor, eles são extremamente irritantes”. NÃO. É para confessarmos nossos pecados, pois devemos nos ver como os únicos a ter algo a confessar. E todos os outros que pecaram contra mim – bem, nunca pecaram contra mim.

Então o que Deus vem e faz? Ele oferece o perdão. Você sabe o que perdoar significa? Perdoar é dar algo. Ao Deus perdoar os pecados, uma troca acontece. Ele tira o pecado e dá algo diferente no lugar do pecado.

Ao ler Gálatas 1:3-4, vemos a exata descrição:

3 Graça a vós, e paz da parte de Deus nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo, 4 o qual se deu a si mesmo por nossos pecados, para nos livrar do presente século mau, segundo a vontade de nosso Deus e Pai,

“Se deu a si mesmo por nossos pecados”. Ele tirou nossos pecados, e se deu a si mesmo. Vemos a mesma coisa em Romanos 3:23-26, uma realidade prática do que o perdão é:

23 Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus; 24 sendo justificados gratuitamente [POIS NÃO TEMOS COM O QUE PAGAR] pela sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus, 25 ao qual Deus propôs como propiciação, pela fé, no seu sangue, para declaração da sua justiça por ter ele na sua paciência, deixado de lado os delitos outrora cometidos; 26 para demonstração da sua justiça neste tempo presente, para que ele seja justo e também justificador daquele que tem fé em Jesus.

“Declara Sua justiça, deixando de lado os delitos outrora cometidos” – perdão. Quão abrangente é essa verdade? Creio que apoiamos nossas almas desamparadas na verdade contida no livro Caminho a Cristo, p.62. Se não fosse por essa realidade, não teríamos esperança:

Era possível a Adão, antes da queda, formar um caráter justo pela obediência à lei de Deus. Mas deixou de o fazer e, devido ao seu pecado, nossa natureza se acha decaída, e não podemos tornar-nos justos. Visto como somos pecaminosos, profanos, não podemos obedecer perfeitamente a uma lei santa.

 

Não possuímos justiça em nós mesmos com a qual pudéssemos satisfazer às exigências da lei de Deus. Mas Cristo nos proveu um meio de escape. Viveu na Terra em meio de provas e tentações como as que nos sobrevêm a nós. Viveu uma vida sem pecado. Morreu por nós, e agora Se oferece para nos tirar os pecados e dar-nos Sua justiça.

 

Se vos entregardes a Ele e O aceitardes como vosso Salvador, sereis então, por pecaminosa que tenha sido vossa vida, considerados justos por Sua causa. O caráter de Cristo substituirá o vosso caráter, e sereis aceitos diante de Deus exatamente como se não houvésseis pecado.

Essas palavras de nada valem para aquele que não conhece sua pecaminosidade; mas se você já vislumbrou a miséria do seu coração, se já viu a bagunça que fez na sua vida, nessas palavras você encontra vitalidade para a alma. Saber que podemos estar diante de um Deus santo – que consome o pecado somente com o olhar – estar de pé diante Dele como se não tivesse pecado, é um alívio bem maior do que se o governo dissesse que não precisamos mais pagar impostos.

E isso vai mais longe ainda em 2 Coríntios 5:21, onde diz que Deus fez com que Cristo não somente tirasse nossos pecados, mas O fez pecado por nós, para que pudéssemos ser feitos justiça de Deus, por meio de Jesus.

Mas Deus não para por aí, para? Ele não diz somente, “Ok, vou aceitar você, e você vai poder vir diante de Mim como se nunca tivesse pecado”, Ele ainda continua em Seu tratamento para conosco. Na meditação Nossa Alta Vocação, p.47:

Mas Cristo assumiu a posição de fiador e libertador ao tornar-Se pecado pelo homem, para que este pudesse tornar-se a justiça de Deus nAquele que era Um com o Pai, e por Seu intermédio. Os pecadores só podem ser justificados por Deus quando Ele lhes perdoa os pecados, suspende a punição que eles merecem e os trata como se realmente fossem justos e não houvessem pecado, dispensando-lhes o favor divino e tratando-os como se fossem justos.

Então quando Deus perdoa nossos pecados, Ele faz mais que apenas fingir que eles não estão mais lá – Ele, na verdade, nos trata como se nunca tivéssemos pecado. Pode não parecer muito, ou talvez pareça, mas essas palavras significarão tudo para nós, quando estivermos no fundo do poço, e Deus nos tratar – pecadores que somos – como se a nossa vida fosse a do Seu próprio Filho! Você pode dizer amém? Será que a sua alma diz: louvado seja Deus? 

Nós lemos apenas alguns poucos textos e ainda assim, contidos nesses textos, estão os próprios princípios da vida eterna, o próprio núcleo da esperança, e sem essa esperança não nos sobra nada. Essa é a única esperança que me mantém vivo nessa terra. Essa troca feita por essa expiação de Jesus Cristo, esse abundante amor de Deus para comigo, sendo eu tão indigno; a punição que eu mereço, Ele cancela. O que eu mereço? A morte. Mas não somente um interromper da vida – uma longa, prolongada, dolorosa morte. É isso o que eu mereço. Mas Deus retira o castigo e me trata como se eu não tivesse pecado.

No perdão de Deus, o coração do perdido é atraído ao grande coração do Infinito Amor. A torrente da compaixão divina derrama-se no espírito do pecador e, dele, na de outros. A benignidade e misericórdia que em Sua própria vida preciosa Cristo revelou, serão vistas também naqueles que se tornam participantes de Sua graça. “Mas, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dEle.” Romanos 8:9. Está alienado de Deus e apto unicamente para a eterna separação dEle.

Caímos de joelhos todas as manhãs, não é mesmo? E dizemos, “Pai”. Mas se não tivermos o espírito de Cristo, o espírito da divina compaixão, não somos nem um pouco filhos de Deus.

É verdade que pode uma vez haver sido perdoado; porém, seu espírito impiedoso mostra que agora rejeita o amor perdoador de Deus. Está separado de Deus e na mesma condição em que estava antes de ser perdoado. Desmentiu seu arrependimento, e os pecados sobre ele estão como se não se tivesse arrependido.

Então ele está diante de Deus como se tivesse pecado – porque de fato pecou. A pergunta é: será que meus pecados estão perdoados? Não. Essa é a pergunta errada. A pergunta certa é: será que eu perdoei os seus pecados?

Vamos ler outra parábola. Esqueça dos seus irmãos. Esqueça do que eles te fizeram. Leiamos a parábola em Lucas 18:10-14 – dela tiramos não só esperança e conforto – mas mais profundo ainda:

10 Dois homens subiram ao templo para orar; um fariseu, e o outro publicano. 11 O fariseu, de pé, assim orava consigo mesmo: Ó Deus, graças te dou que não sou como os demais homens, roubadores, injustos, adúlteros, nem ainda com este publicano. 12 Jejuo duas vezes na semana, e dou o dízimo de tudo quanto ganho. 13 Mas o publicano, estando em pé de longe, nem ainda queria levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, sê propício a mim, o pecador! 14 Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, e não aquele; porque todo o que a si mesmo se exaltar será humilhado; mas o que a si mesmo se humilhar será exaltado.

Quem foi embora justificado? Quem foi embora com os seus pecados perdoados? Aquele que disse que era ‘um’ pecador? Na verdade, ele disse ‘O’ pecador! E se ele é ‘o’ pecador, as outras pessoas são o que? São justas!

Ellet J. Waggoner aprofunda esse assunto de forma muito simples e ainda assim muito linda na "The Present Truth" (A Verdade Presente), edição do Reino Unido, 16 de agosto de 1894:

“O Pecador” – A tradução literal da oração do publicano é, “Deus, sê propício a mim, o pecador”. Veja margem da Versão Revisada. Aqui se encontra o contraste mais marcante com a oração do Fariseu, que viu os pecados de todo o mundo menos os seus próprios. O publicano viu a si mesmo como o único pecador.

 

Essa é a característica da verdadeira convicção do pecado. Aquele que aprendeu do Senhor, ver-se-á como tão grande pecador, que não consegue imaginar que exista qualquer outra pessoa tão má quanto ele mesmo.

O que disse o Apóstolo Paulo? “O pior dos pecadores” (1 Timóteo 1:16).

“Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar todos os pecados e nos purificar de qualquer injustiça.” (1 João 1:9)

Confessar os pecados dos meus irmãos? Dizer, “Senhor, eles fizeram com que eu tropeçasse; Senhor, eles são extremamente irritantes”. NÃO. É para confessarmos nossos pecados, pois devemos nos ver como os únicos a ter algo a confessar. E todos os outros que pecaram contra mim – bem, nunca pecaram contra mim.

Amém, amigos! Amém! Porque eu, ao olhar para o meu passado, para a minha vida, não fico nem um pouco encorajado. E foi-me dito que devo me achegar junto ao trono da graça confiadamente para encontrar ajuda. Mas como poderia me achegar confiadamente diante do trono de Deus enquanto estou tão arruinado? Eu cheiro mal, como Davi diz em Salmos, por causa da minha insensatez; cheiro tão mal que meus amigos me evitam e mantêm distância de mim. (Salmo 38).

O que faria o santo Deus? Será que Ele viria perto de mim? Bem, Ele veio! Ele enviou o Seu único Filho para vir perto de mim, para que Ele passasse por minhas experiências e fosse obediente. Por isso, hoje, posso me achegar junto a Deus em total perfeição porque houve uma troca, onde Cristo tomou sobre Si os meus pecados, deu-me em lugar, – deu a mim! – Sua justiça.

E muitos cristãos dos nossos dias querem parar por aqui! Por que não? Não é linda essa verdade? Eu tentei, e tentei, e tentei, e tentei e caí com a cara no chão. Agora, posso ir até Jesus e me achegar a Deus como se eu nunca tivesse pecado. De verdade mesmo, isso não é a coisa mais linda? 

Eu cometo uma transgressão e sinto vontade de afundar a minha cabeça na areia, e de repente ouço as palavras: “Olhe para Jesus, Ele morreu por seus pecados.” Óh! Amém! Aleluia! Louvado seja Deus! Jesus morreu pelos meus pecados! E o que acontece depois? Eu peco de novo. Que desânimo, mas aí essas preciosas palavras vêm até mim de novo: “Jesus morreu por você!” Que alívio, que conforto! Tento seguir e caio com a cara no chão de novo. 

E de novo, e de novo posso contar com essa constante esperança: ‘Jesus cobre você. A vida de Jesus, a obediência dEle tomam o lugar das suas falhas.’ Mas amigos, se você realmente aprecia esse sacrifício, você vai chegar num ponto onde, quando você cair de cara no chão e a promessa de Deus vier dizendo, “Olhe para Jesus, Ele morreu pelos seus pecados”, você vai dizer, ‘Óh, não! De novo não. Eu fico fazendo com que Jesus passe por essa dor, esse sofrimento. Essa Vítima inocente! Não quero continuar pecando!’

Aqui, meus amigos, é onde uma mudança de vida deve acontecer; se você não está apreciando a justificação como algo que te muda, então tenha certeza que você nunca será santificado. Justificação e santificação andam de mãos dadas.

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