Durante a sessão da Conferência Geral de 1893, Alonzo T. Jones deu o seguinte testemunho:
“Uma irmã me contou não faz muito tempo, que um pouco antes daquela ocasião, quatro anos atrás, ela estava se lamentando de seu estado e se perguntando como seria possível chegar aquele tempo em que o Senhor haveria de voltar se Ele tinha que esperar Seu povo estar pronto para encontra-lo.
Pois, disse ela, que no ritmo em que ela estava – e isso que ela trabalhava tão duro quanto qualquer outro no mundo, pensava ela – viu que não estava progredindo suficientemente rápido para trazer o Senhor em um prazo que fosse razoável, e que ela não conseguia compreender como é que o Senhor viria.
Ela estava incomodada sobre o assunto, mas ela disse que quando seus pais voltaram de Minneapolis para casa, disseram, ‘A Justiça do Senhor é uma dádiva; nós temos a justiça de Cristo como um presente, e nós podemos ter a justiça agora’. ‘Oh’, ela disse, ‘Isto me deixou feliz; isto me trouxe luz, aí então eu pude ver como o Senhor poderia vir muito em breve.
Quando Ele mesmo nos der sua vestimenta, seu manto de justiça, seu caráter, que nos sirva para o tempo do juízo e para o tempo de angústia, assim pude ver como Ele podia vir tão logo quanto Ele quisesse.’ ‘E,’ disse ela, ‘isso me deixou tão feliz, e eu estou feliz desde então.’”
Você quer ficar feliz também? Eu gostaria de encontrar a resposta para esse mesmo problema que ela tinha. Ao considerarmos nossa posição diante do Senhor, tanto num sentido geral como no pessoal, não ficamos muito encorajados, se formos bem honestos conosco e com Deus, não é mesmo? Essa irmã tinha esse mesmo problema, ela via que o Senhor viria muito em breve, mas como poderiam eles algum dia estar prontos?
Quando ela ouviu a Mensagem de 1888, encontrou a solução para o problema que todos nós temos, e as suas palavras foram essas:
“Quando Ele mesmo nos dá sua vestimenta, seu manto de justiça, seu caráter, que nos serve para o tempo do juízo e para o tempo de angústia, consegui ver como Ele podia vir tão logo quanto quisesse.”
Um ano? Três anos? Três meses? Uma semana? Podemos limitar a Deus? Mas limitamos – quando não acreditamos naquilo que Ele escreveu. Eles tinham um ano ou dois, e era o suficiente para os deixar prontos para serem trasladados. Já hoje, não temos garantia nenhuma que teremos todo esse tempo. Está escrito em Primeiros Escritos, p.67:
“Disse o anjo: ‘Negai-vos; precisais caminhar depressa.’ Alguns de nós têm tido tempo de possuir a verdade e progredir passo a passo, e cada passo dado tem-nos propiciado força para o seguinte. Mas agora o tempo está quase findo, e o que durante anos temos estado aprendendo, eles terão de aprender em poucos meses. Terão também muito que desaprender e muito que tornar a aprender.”
Não em anos. Meses!
No livro O Grande Conflito, p.612, Ellen White fala da chuva serôdia e do povo de Deus avançando com o alto clamor. É a mesma coisa, avançando rapidamente.
The Signs of the Times, de 19 de abril de 1900, diz:
“É o plano de Deus que a mensagem da redenção venha sobre Seu povo assim como a chuva serôdia; porque estão rapidamente perdendo conexão com Deus. Colocam a confiança em homem, glorificam o homem, e sua força é proporcional à força dos homens em quem depositaram a confiança. Deveríamos saber melhor do que sabemos no presente tempo.”
Isso foi escrito em 1900, portanto, a mensagem da justificação pela fé já estava sendo proclamada fazia 12 anos. E então ela diz, “Deveríamos saber mais do que sabemos hoje”. É para compreendermos as profundas coisas de Deus. Há temas a serem realçados que merecem mais do que somente serem percebidos por assentimento.
A Lei
No nosso sermão da semana passada, começamos uma investigação da mensagem e dos mensageiros de 1888. Essa semana queremos revisitar essa mensagem lendo um muito conhecido texto dos Testemunhos para Ministros e Obreiros Evangélicos, p.91 e 92, que é frequentemente usado como um resumo daquilo que o Espírito de Profecia fala a respeito da mensagem dada pelos Pastores Waggoner e Jones, e diz assim:
"Em Sua grande misericórdia, enviou o Senhor preciosa mensagem a Seu povo por intermédio dos Pastores Waggoner e Jones. Esta mensagem devia pôr de maneira mais preeminente diante do mundo o Salvador crucificado, o sacrifício pelos pecados de todo o mundo. Apresentava a justificação pela fé no Fiador; convidava o povo para receber a justiça de Cristo, que se manifesta na obediência a todos os mandamentos de Deus. Muitos perderam Jesus de vista. Deviam ter tido o olhar fixo em Sua divina pessoa, em Seus méritos e em Seu imutável amor pela família humana. Todo o poder foi entregue em Suas mãos, para que Ele pudesse dar ricos dons aos homens, transmitindo o inestimável dom de Sua justiça ao impotente ser humano. Esta é a mensagem que Deus manda proclamar ao mundo."
Vamos analisar agora como um todo. “Sobreveio a lei para que avultasse a ofensa”, para que pudéssemos encontrar a graça superabundante manifestando-se no lugar da ofensa, e reinou a graça “pela justiça para a vida eterna, mediante Jesus Cristo, nosso Senhor”. Então, qual é o fim da lei? [Voz: “Para nos levar para o Senhor”] Por que é que a lei sobreveio? [Voz: “Para nos conduzir a Cristo”] Sim. Conseguem entender? Portanto, se alguém, qualquer pecador nesse mundo, usa os Dez Mandamentos para qualquer outro propósito que não seja alcançar a Jesus Cristo, que tipo de propósito é esse? [Congregação: “um propósito errado”] Esse alguém está pervertendo a intenção de Deus ao dar a lei, não está? [Congregação: “Sim, senhor”] Empregar a lei que Deus deu ao homem para outro propósito qualquer além da finalidade de levar o homem a Cristo Jesus, é, portanto, usar a lei de uma forma que Deus nunca intencionou.
Uma declaração bem ousada, não acham, de que a lei deve ser usada com somente um propósito e esse propósito é alcançar a Jesus Cristo? Não para julgar nossos irmãos e irmãs, não como algo que eu sinta que eu mesmo devo guardar, mas somente para alcançar a Jesus.
Dois anos depois, Alonzo T. Jones fez uma afirmação ainda mais ousada na Conferência Geral de 1895:
"Aquele que está tentando buscar vida ao guardar os Dez Mandamentos, e está ensinando outros a esperar vida ao guardar os Dez Mandamentos, isso é, sem dúvida, o ministrar da morte."
Em 1888, existia uma proposta de Lei Dominical em trâmite no governo. Quem teria imaginado que em 12 meses poderia ter se tornado em uma perseguição mundial aos guardadores do Sábado? Teria acontecido da noite para o dia! Por isso precisamos aprender, e precisamos aprender rápido. Precisamos parar de não compreender essas lições tão simples e claras para nossas vidas.
O tempo está voando, e Deus está permitindo que a gente tente e caia com a ‘cara no chão’, para aprender que não conseguimos e que precisamos dele para cumprir a Aliança que é dele. Precisamos que Ele opere em nós tanto o querer quanto o efetuar. Com esse objetivo eu gostaria de usar Allonzo T. Jones para soletrar para nós, em caso de não termos percebido essas coisas claramente como deveríamos. Deus soletra para nós. E ainda assim, preciso confessar, não importa quantas vezes eu leia, quantas vezes eu pense, sou extremamente propenso a passar do ponto e não entender. Vamos ler palavras muito profundas. Palavras incríveis; respostas estão contidas aqui.
Esse texto vem dos Boletins da Conferência Geral de 1893, e foi nessa conferência que ele deu essa mensagem. É muito triste ver que embora ele tenha falado com tanta clareza, e que a congregação tenha ouvido tão atentamente e tenha respondido ativamente as questões levantadas (a congregação era de pastores ministros), ainda assim não compreenderam, passaram batido. Mas leiamos agora:
Vamos analisar agora como um todo. “Sobreveio a lei para que avultasse a ofensa”, para que pudéssemos encontrar a graça superabundante manifestando-se no lugar da ofensa, e reinou a graça “pela justiça para a vida eterna, mediante Jesus Cristo, nosso Senhor”. Então, qual é o fim da lei? [Voz: “Para nos levar para o Senhor”] Por que é que a lei sobreveio? [Voz: “Para nos conduzir a Cristo”] Sim. Conseguem entender? Portanto, se alguém, qualquer pecador nesse mundo, usa os Dez Mandamentos para qualquer outro propósito que não seja alcançar a Jesus Cristo, que tipo de propósito é esse? [Congregação: “um propósito errado”] Esse alguém está pervertendo a intenção de Deus ao dar a lei, não está? [Congregação: “Sim, senhor”] Empregar a lei que Deus deu ao homem para outro propósito qualquer além da finalidade de levar o homem a Cristo Jesus, é, portanto, usar a lei de uma forma que Deus nunca intencionou.
Uma declaração bem ousada, não acham, de que a lei deve ser usada com somente um propósito e esse propósito é alcançar a Jesus Cristo? Não para julgar nossos irmãos e irmãs, não como algo que eu sinta que eu mesmo devo guardar, mas somente para alcançar a Jesus.
Em 1888, eles estavam tentando se preparar para a segunda vinda de Cristo usando a lei, por isso precisaram dessa mensagem. Se você tem se esforçado para se preparar usando a lei de Deus, essa é a mensagem que você precisa. Deus estava dizendo que eles estavam indo pelo caminho errado. Se você estivesse indo pelo caminho errado, não ficaria feliz se alguém viesse e dissesse, “Esse é o caminho errado”? Era isso que Deus intentava com a mensagem de 1888. Estava tentando aliviar o tremendo peso de estresse que carregavam nas próprias costas.
Nós, por nossa vez, somos tão dispostos a carregar o mesmo peso. Ficamos tentando, tentando, pensando que de alguma forma, em algum lugar em mim, posso encontrar aquilo que satisfará os reclamos que a lei faz; e que todos esses padrões no vestir e no comer me farão parecer bonito diante da lei. Mas como é que lemos? Lemos que o motivo da lei de Deus ter sido dada no Monte Sinai foi exatamente para mostrar o quão feios eles eram: miseráveis, pobres, cegos e totalmente nus. E mesmo assim, clamaram, “A lei! A lei! A lei!”
A lei foi dada para nos ajudar a perceber o quão completamente incapazes somos de alcançar os padrões. Mas somos lentos para entender, não somos?
Esse ciclo não pode continuar para sempre, pode? Um dia desses é preciso que aprendamos a lição. E é por isso que estudamos esse ciclo na Bíblia, para aprender. Que Deus tenha misericórdia de nós se não estamos aprendendo!
Preciso aprender – e preciso aprender logo – que não posso me salvar. Eu, de mim mesmo, não posso tomar os padrões de Deus e cumpri-los. Não dá! A menos que essa verdade nasça em nós e que dê um clique em nossa cabeça, vamos continuar caindo com a cara direto no chão, e constantemente. E isso leva ao desânimo, depressão, falta de paciência com os irmãos na igreja e não seremos felizes. Nenhum de nós será feliz se não sairmos desse ciclo. E sim, a mensagem de 1888 era o meio de romper completamente com o ciclo.
Stephen Haskell cita Ellen White ao dizer que o Senhor teria voltado em dois anos depois da Conferência de Minneápolis. Dois anos! Ainda vimos no texto que acabamos de citar de Jones, uma mulher que deu um testemunho de que quando ela olha para ela mesma e para as pessoas ao redor, ela pensa ‘sem chances de algum dia estarmos prontos’. O Espírito declara que teriam estado prontos em um ano, pois esses dois anos incluem o fechamento da porta da graça e o derramamento das pragas. Era uma mensagem que os teria preparado para a Segunda Vinda de Cristo dentro de doze meses: contados, selados e esperando pelo livramento.
Precisamos de uma mensagem como essa nos dias de hoje? Precisamos desesperadamente de uma mensagem assim nos nossos dias. Desesperadamente! Estude os acontecimentos atuais do Oriente Médio, especialmente a Síria. Você notou que existe um caminho bem delineado que cumpre Daniel 11:45? E existe somente uma única coisa impedindo isso de acontecer; e é o sangue de Cristo ainda intercedendo para que aprendamos essas lições todas rapidamente, pois não precisa de muita coisa mais mesmo para acontecer.
Que Deus nos ajude a receber a luz que vem de todas as avenidas que Sua providência achar por bem, essa é a minha oração.
O TEMPO está quase acabando. Estamos no fim e é somente o Senhor em Sua misericórdia que está segurando os ventos dos quatro cantos da terra. Temos estudado a mensagem de 1888 nas últimas duas semanas e lemos algumas afirmações intimidadoras de que se a mensagem de 1888 tivesse sido recebida como Deus intentava, uma rápida obra teria acontecido. Me refiro a afirmação a seguir feita por Stephen Haskell, que por sua vez conta que Ellen White disse:
"Vi Jones e Waggoner tomarem parte na história de Josué e Calebe ao serem apedrejados com pedras de literal sarcasmo e ridicularização provenientes dos Filhos de Israel... Vi que vós, voluntariamente rejeitastes o que sabíeis ser a verdade, apenas por ela ser considerada por demais humilhante para a vossa dignidade.
Vi alguns de vós em vossas tendas cochichando e fazendo toda a sorte de zombarias desses dois irmãos. Vi também que se tivéssemos aceitado a mensagem deles teríamos estado no reino em dois anos, mas agora temos de retornar ao deserto e vagar por quarenta anos."
Dois anos desde de que a mensagem de 1888 foi dada pela primeira vez e eles estariam no reino. Pelo que sabemos das profecias dos eventos finais, com o derramamento das pragas, fechamento da porta da graça, sobraria apenas um ano para que a mensagem preparasse um povo que permaneceria de pé sem intercessor naquele dia de Deus.
Deve ser uma mensagem muito poderosa. Como vimos semana passada, o testemunho do Espírito de Profecia disse que a igreja pregava a lei, a lei, até secarem como as colinas de Gilboa. Alonzo T. Jones em 1893 fez essa especial declaração sobre a lei, sobre a adição da lei e o propósito dela; algo que a Igreja Adventista do Sétimo Dia em 1888 não tinha compreendido inteiramente, nem os Israelitas no Monte Sinai. Nos boletins da Conferência Geral de 1893, Jones fez a seguinte declaração:
"Vamos analisar agora como um todo. 'Sobreveio a lei para que avultasse a ofensa', para que pudéssemos encontrar a graça superabundante manifestando-se no lugar da ofensa, e reinou a graça 'pela justiça para a vida eterna, mediante Jesus Cristo, nosso Senhor'. Então, qual é o fim da lei?"
Parece muito com outra passagem que costumamos usar: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus" (Efésios 2:8).
"...porque, se pela ofensa de um morreram muitos, muito mais a graça de Deus, e o dom pela graça de um só homem, Jesus Cristo, foram abundantes sobre muitos. Também não é assim o dom como a ofensa, que veio por um só que pecou; porque o juízo veio, na verdade, de uma só ofensa para condenação, mas a graça transcorre de muitas ofensas, para justificação.
Porque, se pela ofensa de um só, a morte veio a reinar por esse, muito mais os que recebem a abundância da graça, e do dom da justiça, reinarão em vida por um só, Jesus Cristo.
Portanto, assim como por uma só ofensa veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim também por um só ato de justiça veio a graça sobre todos os homens para justificação e vida. Porque, assim como pela desobediência de um só homem muitos foram constituídos pecadores, assim também pela obediência de um, muitos serão constituídos justos."
Justificação, o dom da justiça, ser feito justo, é isso o que justificação significa. Assim como lemos, o dom da justiça é exatamente isso: é um dom! "A obediência de um só homem", o que aconteceu com essa obediência? "Veio sobre todos os outros homens", portanto, todo aquele que é justificado tem como seu substituto a obediência de Jesus Cristo.
Caminho a Cristo, p.62 fala isso de maneira linda. Uma grande fonte de esperança para nós, porque olhamos para nós mesmos e tentamos ser obedientes, mas 'caímos com a cara no chão'.
Na Review and Herald de 18 de outubro de 1898, para.7, Ellen White escreveu:
"Fui a uma reunião dos estudantes na capela da escola. Umas oitenta pessoas estavam presentes, a sala estava cheia. Foi passada uma hora em leitura e admoestações sobre a necessidade de que compreendessem como exercer a fé. Essa é a ciência do evangelho.
A Escritura Sagrada declara, 'Sem fé é impossível agradar a Deus'. Conhecer o que a Bíblia quer dizer quando insiste na necessidade de se cultivar a fé é mais essencial do que qualquer outro conhecimento que possa ser adquirido. Sofremos muita dificuldade e dor por conta da nossa incredulidade e ignorância sobre como exercer a fé. Devemos romper com as nuvens da incredulidade.
Não podemos ter uma experiência cristã saudável, não podemos obedecer ao evangelho que leva à salvação, até que a ciência da fé seja melhor compreendida e até que mais fé seja exercitada. Não pode haver perfeição de caráter cristão sem desenvolver essa fé que atua por amor e purifica a alma."
Qual é o mais essencial de todos os conhecimentos? Você sabe o que é exercitar a fé? Nós conhecemos bem aquela pergunta que o carcereiro fez a Paulo e Silas: “O que preciso fazer para ser salvo?” O que eles responderam? “Crê no Senhor Jesus, e assim serás salvo, tu e os de tua casa!” Creia, apenas creia! Sim, mas precisamos entender o que a Bíblia quer dizer quando nos manda "crer".
Mensagens Escolhidas, Vol.3, p.145:
"Disse o anjo: 'Tende fé em Deus.' Vi que alguns se esforçavam demais para crer. A fé é tão simples; vós olhais acima dela."
Temos feito assim a vida toda? Será que pode ser que não compreendemos esse assunto por não entendermos a ciência da fé? Afinal de contas, a mensagem era justificação pela fé. As vezes nos focamos tanto na parte da justificação e em todo aquele proceder de acordo com a norma, porém, "sem fé é impossível agradar a Deus" (Hebreus 11:6).
Se credes na promessa — credes que estais perdoado e purificado — Deus supre o fato: sois curado, exatamente como Cristo conferiu ao paralítico poder para caminhar quando o homem creu que estava curado. Assim é se o credes.
Ela está falando com a mesma clareza que Alonzo T. Jones, não está?
"Não espereis até que sintais que estais curado, mas dizei: 'Creio-o; assim é, não porque eu o sinta, mas porque Deus o prometeu.'"
E Deus supre o fato!
Agora, é importante notarmos que o grande problema na franca forma de Alonzo falar, era que o povo não conseguia enxergar para além da justificação. Eles conseguiam ver a justiça de Cristo ao declarar que os pecados do passado foram remidos. Até aqui tudo bem.
Mas o que foi que lemos antes? Lemos que existem condições, existe uma mudança, tem de haver uma prática de santidade que precisa estar evidente na vida. E a mensagem de Jones parecia não se harmonizar com isso. Mas Ellen White disse, “Eu sei o que você realmente quer dizer, é exatamente do jeito que eu entendo também”.
Nos nossos dias, existe algo que a cristandade é rápida em esquecer ou negligenciar: definir justiça. Justiça é agir corretamente. Quando falamos em justificação pela fé, não estamos falando de uma aura de santidade ou de apenas um sentimento de santidade como se fosse uma transação legal.
Estamos a falar de algo que abrange a uma forma prática no viver. A justificação pela fé foi uma mensagem dada em 1888 que falava de proceder-correto pela fé. Mas por não compreenderem como é que a fé opera, engasgaram-se com as palavras de Jones.
Colossenses 2:6 comunica de uma forma bem simples esse princípio. Como foi que recebemos a Jesus Cristo? Ao tomar Deus em Sua palavra e simplesmente crer que Ele quer dizer o que Ele diz, e Ele supre o fato.
Sendo assim, da mesma forma como recebestes a Cristo Jesus, o Senhor, também andai nele.
Como recebemos perdão pelos pecados? Nos apropriando das palavras de Deus. Crendo que Ele cumpre o que diz que vai fazer. Da mesma forma que recebemos Cristo, andemos também nele. Continue a se apropriar das palavras de Deus. Deus nos fez uma promessa. Dependa e confie que Ele concederá poder, Ele suprirá o fato!
Parábolas de Jesus, p.25:
"Nossa parte é receber a Palavra de Deus e conservá-la, rendendo-nos inteiramente à sua direção, e será realizado em nós seu propósito."
Qual é a nossa parte? Crer! Crer que a palavra de Deus realizará a própria coisa. Então, quando a lei de Deus vem e diz, “Não terás outros deuses diante de mim”, aqui temos uma promessa, é a palavra e Deus que contém poder para realizar o próprio propósito. E diz, “não dirás falso testemunho”, precisamos receber essas palavras como contendo o poder necessário que nos impede de mentir. O Desejado de Todas as Nações se refere a Salmo 119:11 como o próprio Cristo falando:
"Em meu coração conservei tua palavra para não pecar contra ti."
“Tua palavra escondi em meu coração para eu não pecar contra ti”, porque a palavra realiza o propósito. Quando Jesus foi tentado no deserto, qual foi a Sua resposta? “Está escrito”. Essa foi a Sua defesa. Esse foi o Seu poder que venceu, pois a fé de Jesus, que era a mesma fé de Abraão, confiou na palavra de Deus, confiou que Deus manteria Sua própria palavra.
Se tivermos essa fé, se tivermos uma fé que diga “Amém” diante de qualquer coisa que Deus diz, Deus nos chamará de justos porque Sua palavra produzirá a virtude.
Uma outra coisa que o Apóstolo Paulo escreve em Romanos capítulo 4, é que Deus conta as coisas que não são, como se fossem. A mensagem foi dada, e dentro de um ano de graça essa mensagem teria produzido o necessário, pois a palavra de Deus não retorna para Ele vazia.
Curioso eu pensar que enquanto estava preparando esse sermão de hoje, tentei buscar em minha mente e em estudos os diferentes aspectos dessa mensagem como um todo, justificação, santificação, etc. Porém, cada vez que tentava outras avenidas, todos os caminhos me levavam para o mesmo lugar, a justificação pela fé.
Não importa que conheçamos com clareza todos os outros assuntos, se não tivermos compreendido fé, então no momento em que Deus falar tão claramente como Ele fez através de Alonzo T. Jones, qual será a nossa reação? Hmmm, não sei não, acho que não é bem assim, e vamos apresentar a mesma citação de 1886 para nos justificar. Por que? Por não termos entendido o que significa crer.
Que possamos permitir que as coisas sejam do jeito de Deus, repito, irmãos, pois quando permitirmos Deus fazer as coisas do jeito dEle, tudo ficará bem, e não é preciso nenhuma sombra de dúvida.
Amém.