30- O memorial de Seu poder

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30- O memorial de Seu poder

Eis que estamos prontos para fechar a explanação feita, consoante a ‘COMO’ se faz para permitir que a ‘Videira verdadeira’ esteja em nós e nós nEla, a fim de que Sua ‘seiva’ produza muitos ‘cachos de uva’, para honra e glória do bendito ‘Agricultor’. 

Terá Ele, porventura, criado também uma maneira especial de nos lembrar de que, na batalha contra o mal: “... tudo posso no Cristo que me fortalece” (Fp 4.13)? Sim, Ele o fez especialmente para nós.

A onipotente voz do Criador

Conforme temos visto nos capítulos anteriores, foi mediante as palavras, pronunciadas por Jesus, que a Divindade criou tudo o que existe. “Por meio dEle [Jesus Cristo] foram feitas todas as coisas; e nada do que havia sido feito se fez sem Ele. 

... Ele esteve no mundo, e o mundo foi feito por meio dEle” (Jo 1.3-10). Sabemos, sim, que foi o próprio Jesus quem pronunciou aquelas palavras criadoras, registradas em Gênesis 1.3-25 (KJ): “Haja luz”; “Haja firmamento”; “Ajuntem-se as águas ...”; “Produzam as águas ...”; “Haja luzes no firmamento ...”; “Produza a terra criaturas viventes ...”.

Com exceção de Gênesis 1.26, cujas palavras foram pronunciadas por Deus Pai, o restante do que foi criado pela voz de Cristo: “Os céus foram feitos pela palavra de Yahweh, e todos os seus exércitos pelo sopro de Sua boca. ... Porque Ele falou, e foi feito; Ele ordenou, e foi estabelecido” (Sl 33.6-9). “... Ele falou e existiram, Ele o ordenou e foram criados.” (Sl 148.5). Assim, Jesus declarou em Isaías 66.2 (CF): “Porque a Minha mão fez todas estas coisas, e assim todas elas foram feitas”.  

Estabelecendo o único monumento comemorativo da criação 

Após Jesus – o Criador do que vemos – ter concluído Sua obra, criou um memorial de Seus feitos: o santo Sábado, que é ‘um templo no próprio tempo’. Estabeleceu-o como um marco comemorativo, como uma lembrança da Sua própria divindade, de Seu poder criador, para servir também de conforto e segurança ao ser inteligente – Adão – que acabara de ser investido como Seu administrador. “O Sábado foi feito por causa do homem ...” (Mc 2.27 - CF).

Assim, lê-se em Gênesis 2.2-3 (CF): “E havendo Deus acabado no dia sétimo a obra que fizera, descansou no sétimo dia de toda a Sua obra, que tinha feito. E abençoou Deus o dia sétimo, e o santificou; porque nele descansou de toda a Sua obra que Deus criara e fizera”.

Ao dar à humanidade o mandamento do trabalho e do descanso semanal, Ele frisou o porquê ela deveria guardar o sétimo dia: “Porque em seis dias fez o Senhor os céus e a terra, o mar e tudo o que neles há, e ao sétimo dia descansou; portanto abençoou o Senhor o dia de Sábado, e o santificou” (Êx 20.11 - CF). De sorte que, ao se guardar o santo Sábado, está-se reconhecendo, declarando, e respeitando a divindade do Senhor Jesus Cristo, o nosso Criador eterno.

Transparece nos evangelhos que a disputa entre Cristo e Seus inimigos judeus era a respeito da maneira correta de se guardar o Sábado, e não em relação a se guardar um outro dia (Mt 12.9-12; Mc 2.23-28; 3.1-6). Como se tratava de divergência a respeito da maneira de se guardar o memorial de Seu poder criador, ao ser questionado, declarou: “Porque o Filho do homem até do Sábado é Senhor” (Mt. 12.8 - CF). 

Do Sábado, e não do domingo. Pois o ‘senhor do domingo’ é outro senhor, o qual não tem nada a ver com a criação nem com a redenção e, do qual queremos manter distância. Já o Sábado foi estabelecido por Jesus e, por isso, em Isaías 58.13 (CF), refere-Se a ele como o ‘Meu santo dia’. 

Sua igreja deveria guardar o Sábado quarenta anos após Sua ressurreição (Mt 24.20). Não se pode mudar o fato de ter sido o Messias quem criou tudo o que vemos; também é impossível mudar-se o marco comemorativo de Seus feitos divinos! Que os discordantes do Sábado estudem o ciclo septadiano que rege a natureza! Em realidade, não existe nenhum mandamento bíblico alterando ou abolindo o dia em que celebramos Seu poder criador: o Sábado.  

A escravidão no Egito é símbolo da escravidão do pecado

Depois de longos anos de escravidão no Egito, Jesus libertou os israelitas. Após tê-lo feito, ao lhes ordenar que guardassem o sétimo dia, lhes acrescentou também outra razão: “... porque te lembrarás que foste servo na terra do Egito, e que o Senhor teu Deus te tirou dali com mão forte e braço estendido; por isso o Senhor teu Deus te ordenou que guardasses o dia de Sábado” (Dt 5.15 - CF).

A escravidão sob o jugo dos egípcios é um símbolo da escravidão sob o jugo do pecado, do mal; sob o domínio de Satanás, do ego. A santificação do cristão é o processo pelo qual ele vai gradativa, paulatina e progressivamente sendo liberto do domínio do mal, de etapa em etapa, ou seja, ‘de fé em fé’ (Rm 1.17 - CF). 

A santificação, isto é, a progressiva, contínua e perfeita obediência à Lei é operada pelo próprio Jesus, mediante o poder de Sua Palavra e o esforço humano. A essência da santificação é Jesus vir viver Sua vida perfeita em nós.

Assim, há mais outro motivo para guardarmos o sétimo dia da semana como Seu santo Sábado: “E também lhes dei os Meus Sábados, para servirem de sinal entre Mim e eles; para que soubessem que Eu sou o Senhor que os santifica.’ ‘E santificai os Meus Sábados, e servirão de sinal entre Mim e vós, para que saibais que Eu sou o Senhor vosso Deus” (Ez 20.12, 20 - CF). 

Se, pois, alguém nos perguntasse qual é o ‘sinal de Deus’ ou qual é o ‘selo de Deus’ (Ap 7.2; 9.4), teríamos alguma dificuldade em responder-lhe biblicamente? Está bem lúcido e claro que o Sábado é o ‘sinal de Deus’ e faz parte do bendito ‘selo de Deus’.

O até aqui exposto nos permite concluir que o onipotente poder de Cristo manifestou-se tanto na criação daquilo que vemos como na redenção dos pecadores! Tanto em nos transformar em ‘novas criaturas’ – criando em nós as tendências a fazer o bem – como em nos libertar da escravidão do pecado. Tanto em nos enxertar na ‘Videira verdadeira’, como em produzir, em Seus ‘ramos’, muitos cachos de uva, isto é, ‘o fruto do Espírito’ (Gl 5.22-23 - RA).

De sorte que mesmo aquele, que já não faz atividades seculares no Sábado, mas continua alheio ou indiferente a ‘COMO’ se faz para obedecer a Deus, ainda não compreendeu, com profundidade, o sentido de ser esse dia o memorial também da SANTIFICAÇÃO, a lembrança divina da perfeita vitória sobre o mal. 

O marco recordativo do poder de Jesus em vir viver Sua vida perfeita em nós, mediante Sua Palavra, precisa estar respaldado pelo ‘COMO’. Porque “sem o ‘COMO’, não há como obedecer à Lei de Deus”.

Uma tríplice alegria, por enquanto!

Ao contemplar as obras que o Senhor Jesus criou, ao descansar na onipotência de Cristo em nos tornar ‘novas criaturas’ e em nos transmitir Seu caráter perfeito, pela fé em Sua Palavra, temos, já agora, efusiva alegria em guardar o sétimo dia. Deus já nos deu um eterno memorial no tempo, comemorativo dos três principais fatos de nossa história. Como esse dia está ligando a CRIAÇÃO, a REDENÇÃO [justificação] e a SANTIFICAÇÃO 

[vitória sobre o pecado], já se constitui em uma fonte de tríplice alegria a nós.

O Sábado significa um dos pilares da nossa fé, a segurança de que ‘estamos em boas e onipotentes mãos’. Realidades essas que elevam a alma até o trono de Deus, pondo-nos em íntima comunhão com o Redentor, pois o mesmo poder que criou o que vemos, é o poder que nos liberta também do domínio do maligno, do domínio do ego. Poder que não nos deixa ‘cair em tentação’ (Mt 6.13), posto que ‘o evangelho é o poder de Deus’ (Rm 1.16). Amém?

Poderá o Sábado vir a ser fonte de mais outras alegrias comemorativas?

Eis que o que exporemos a seguir, trata-se mais de um raciocínio particular, de deduções pessoais, de conjecturas e pensamentos subjetivos. De pronto ressalte-se esse fato. Isso posto, consideremos que: 

1) Em seis dias literais Jesus criou o ambiente e todos os seres que estariam sujeitos ao homem: peixes, aves, répteis e animais domésticos. Ao final da sexta-feira, do pó da terra fez Seu administrador (Gn 1.26-31; 2.7). E, no sétimo dia, descansou, conforme vimos. Assim, o santo Sábado do Senhor Jesus passou a ser o sinal, o símbolo, a lembrança, o monumento comemorativo, o memorial da CRIAÇÃO, que é fruto de Seu inigualável poder.  

2) Jesus salvou toda a humanidade na sexta-feira da paixão. E seguiu-se o santo Sábado, em que Ele descansou no sepulcro. Esse dia foi estabelecido como memorial da REDENÇÃO, conforme Deuteronômio 5.12-15.

Note-se que, no programa do Senhor, as coisas mais marcantes, os dois fatos mais importantes na história da humanidade – a criação e a redenção – cada um deles aconteceu numa sexta-feira, e a festa comemorativa foi sempre no dia seguinte: no Sábado. Gravemos bem isso!

3) Vimos, nas páginas anteriores, que o santo Sábado do Senhor é também o memorial da SANTIFICAÇÃO!

4) No dia em que Jesus voltar, haverá a GLORIFICAÇÃO: nossa natureza humana pecaminosa será substituída. Receberemos um corpo incorruptível, conforme Paulo descreve em 1 Coríntios 15.50-56 e conforme nós, cristãos, cremos que assim é ensinado na Bíblia inteira. O dia seguinte a esse, será um dia de grande júbilo, de festa, de efusiva alegria. Um dia a ser eternamente comemorado.

Se Jesus voltar à Terra numa sexta-feira – obviamente não se sabe em qual delas! – o santo Sábado do Senhor passaria a ser o memorial TAMBÉM da GLORIFICAÇÃO. Você poderia conceber por qual motivo deveria ser um outro qualquer dia da semana a ser assim tão honrado, mais que o sétimo, o santo Sábado do Senhor? Por qual motivo iria Deus instituir, como lembrança desse fato, por exemplo, uma terça-feira?

Sabemos que nenhum dos salvos entrará pelos portões da Pátria Celestial, sem ter guardado o santo Sábado do Senhor, pelo menos uma vez. Por que não guardá-lo, logo no primeiro dia após o recebimento do novo corpo imortal, incorruptível, isento das tendências hereditárias ao mal, as quais já terão sido também completamente eliminadas, conforme Apocalipse 21.1-8? 

E agora, estimado amigo, está você novamente disposto a concluir, junto conosco, que é bem possível que, por toda a eternidade, o santo Sábado do Senhor venha a ser o memorial também da GLORIFICAÇÃO dos remidos? 

Em Isaías 66.22-23, temos a informação de que os remidos guardarão o sétimo dia lá nos ‘céus novos e na terra nova que hei de fazer.’ Sendo assim, nos parece lógico que devemos começar a guardá-lo também aqui!

5) Quando Jesus vier com todos os anjos haverá silêncio no céu por ‘cerca de meia hora’ profética, segundo Apocalipse 8.1. Como estamos familiarizados com a interpretação bíblica: “um dia profético equivale a um ano literal” (Números 14.34; Ezequiel 4.5, 7 e Levítico 25.8). 

E como é fácil de se  fazer aquelas continhas de aritmética [1 dia profético – isto é, 24 horas proféticas –  corresponde a 1 ano literal ou a 360 dias literais. Logo, uma hora profética equivale a 15 dias literais (ou seja, 360 : 24 = 15). Então meia hora profética = 71/2 dias]. 

Concluímos que ‘cerca de meia hora’ (Ap 8.1) corresponde a um período de sete dias literais, nos quais não se ouvirá nenhuma voz nos Céus, porque todos, os que lá habitam, vieram, junto com Jesus, em Seu retorno. Significa que a demora, entre a vinda de Jesus com todos os anjos – Mateus 24.31 – ao planeta Terra e o retorno de toda a comitiva à Pátria celestial, será de sete dias.

Se chegarem aqui na sexta-feira e o Sábado for celebrado como o memorial da GLORIFICAÇÃO, segue-se, então, que a comitiva dos salvos, liderados por Jesus com todos os anjos, estará de volta à Pátria Celestial, entrando na Nova Jerusalém no final da outra sexta-feira, após o recebimento do corpo glorificado, considerando o tempo a partir da rotação do nosso planeta. 

E, assim, teríamos que o Sábado seria o memorial da ENTRADA NA PÁTRIA CELESTIAL, na ‘Nova Jerusalém’, com todos os festejos decorrentes, porque o nosso Deus muito aprecia alegrar-Se e comemorar, conforme transparece ao se ler a Bíblia! Amém? Bem, e por qual motivo um outro dia da semana receberia essa eterna distinção, e não o santo Sábado do Senhor?

E agora, estimado amigo, está você novamente de acordo em concluir, junto conosco, que é bem possível que, por toda a eternidade, venha a ser o santo Sábado do Senhor Jesus o memorial também desse importantíssimo fato na história dos remidos? Como o dissemos, são apenas conjecturas, deduções. São apenas especulações? Sim, o sabemos! Mas nos parece que têm uma lógica convincente; isso realmente assim nos parece! 

Sabe-se que o nosso Deus é muito restrito quanto a nos dar informações! Então, por qual razão Ele nos teria informado a respeito da ‘cerca de meia hora’, se não fosse para chegarmos a essa conclusão?

Mas, alguém podería nos perguntar: “E se não for assim?” Bem, não obedecer ao quarto mandamento do memorial da criação, é um fato gravíssimo. Porque romper um elo de uma corrente, significa rompê-la toda!

Desrespeitar um dos mandamentos significa desrespeitar a Lei toda. “Porque o que cumpre toda a lei, mas tropeça em um ponto, é culpado de toda a lei, porque Aquele que disse: Não adulterarás, também disse: Não matarás. Mas se não adulteras, mas matas, tens te tornado transgressor da lei” (Tg 2.10-11). Nesse assunto, 10 menos 1 não é igual a 9 e, sim, igual a 0 [zero]. Gravíssimo! Pecar, ao desrespeitar o Sábado, é ofender ao Pai; é, portanto, um caso seríssimo.

Bem, concordar ou não concordar, que o Sábado venha a ser também o memorial da Glorificação e da Entrada na Nova Jerusalém, é de somenos importância, visto não haver explícita revelação bíblica a respeito! De sorte que se não for assim, tudo bem. 

Contanto que o nosso Deus julgue que não iremos Lhe causar qualquer problema lá, e, por isso, nos coloque no rol dos dignos de Sua confiança eterna, e nos dê a posse do lugar que nos está reservado e providenciado pelo sangue do Cordeiro, ficaríamos igualmente satisfeitos, não ficaríamos? Sem dúvidas. 

Mas parece-nos que a lógica, até aqui exposta, tem muito potencial para vir a se tornar realidade! Assim permanecemos na esperança de que o nosso Deus estabelecerá o santo Sábado do Senhor, também como o memorial daquela bendita ENTRADA. 

6) Oh! Sim, e a Nova Jerusalém? (Ap 21). Recorda-se do dia em que o Senhor, nosso Deus, após o milênio [Ap 20] nos trará de volta à Terra restaurada? Nessa ocasião os mansos [humildes] tomarão posse dela definitiva e eternamente, conforme Mateus 5.5 e Daniel 7.27 nos ensinam. 

Alguém poderia deduzir em qual dia da semana é mais provável que isso vá ocorrer? Lembremo-nos disto: no programa do Senhor, os fatos mais importantes na história da humanidade aconteceram sempre numa sexta-feira, e a festa comemorativa foi sempre no dia seguinte: no santo Sábado do Senhor Jesus. 

Certamente essa não é uma dedução teológica muito difícil!

Cremos que os remidos, efetivamente, terão também o prazer de guardar o eterno memorial no tempo, um marco comemorativo, um elo que unirá os principais fatos de nossa história: 

(1) CRIAÇÃO, (2) REDENÇÃO, (3) SANTIFICAÇÃO,           

(4) GLORIFICAÇÃO, (5) ENTRADA NA PÁTRIA CELESTIAL,  (6) POSSE DO NOVO CÉU E DA NOVA TERRA e (7) HAVERÁ?

Esperamos que o tal dia da semana será mesmo o santo Sábado do Senhor e Salvador Jesus Cristo, nosso querido Irmão Primogênito. Sempre! E você, o que pensa a respeito? Bem, se alguém estiver pensando de forma diferente: “realmente não está aqui quem deseja polemizar a respeito desse assunto!” 

Certamente o Senhor nos tem reservado lá uma extraordinária gama de surpresas. E igualmente ficaremos deslumbrados por Ele ter dado entrada, na ‘casa de Meu Pai’ (Jo 14.2) de a mim e a você; de igual modo se a função dos macacos for diferente da de subir nas árvores e nos colher as frutas delas!

Finalmente, fazemos sinceros votos de nos encontrar lá e, aí, sim, teremos oportunidade de conferir se essas deduções estavam mesmo corretas. Para tanto, um bom conselho poderia ser este: “Venha para Jesus, antes que Ele venha” e “fira a terra com maldição” (Ml 4.6 - CF), também devido ao desrespeito ao ‘memorial de Seu poder criador’. Amém?

O sétimo dia da semana é, pois, o memorial de que, o mesmo poder que criou tudo o que vemos ou sabemos que existe, também cria justiça em nós.

Oremos juntos: “Querido Pai, muito obrigado pelo Sábado, o dia de Cristo. Que o celebremos com a alegria e o respeito que almejas. Em nome de Jesus. Amém”.


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