15 - Comendo o Cordeiro

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15 - Comendo o Cordeiro

Eu sou o pão da vida.  ...  Eu sou o pão vivo que desceu do céu. Se algum homem comer deste pão, ele viverá para sempre; ... quem de Mim se alimenta, também viverá por Mim. ... As palavras que Eu vos falo, elas são Espírito, e são Vida” (Jo 6.48-63 - KJ). 

Essas palavras nos lembram tanto a ‘ceia do Senhor’, como a Páscoa; nessa celebração, os participantes se alimentavam da carne do ‘cordeiro pascal’, símbolo do ‘Cordeiro de Deus’, Jesus. “Porque o Cristo é nossa Páscoa, que foi sacrificado por nós” (1  Co 5.7).

Fontes do vigor físico e espiritual

Assim, como do alimento que ingerimos, extraímos vigor, força muscular e vitalidade, que mantêm a nossa existência terrena, que sustenta a nossa vida física, semelhantemente da Palavra de Deus [Jesus], tendo-se estudado e meditado sobre Ela, ao ser citada no momento da tentação, dEla obtemos força espiritual e poder moral para dominar, para vencer o ego, para subjugar as tendências pecaminosas hereditárias ou cultivadas, ao recebermos, do Espírito Santo, a vida de Cristo.

É assim que se vencem as tendências ao mal, o maligno, ‘porque vossa luta não é contra carne e sangue, mas sim contra principados, contra governantes, contra os que possuem este mundo de trevas e contra os espíritos malignos que estão sob os céus’ (Ef 6.12). Lutamos com eles manejando bem a vencedora Palavra.

‘Comer a carne de Cristo’ significa desenvolvermos o hábito de enfrentar as tentações do inimigo com a ‘espada do Espírito que é a Palavra de Deus’ (Ef 6.17), cientes de que Ela produzirá em nossa mente o que ela diz, isto é, o próprio conteúdo da citação, instantaneamente. 

Assim como, para se manter a saúde física, necessita-se de alimentação, para se manter a vida espiritual carece-se também de ‘comer a carne do Cordeiro’, isto é, de alimentar-se, constantemente, de Sua Palavra.

A importância de ‘comer Sua carne’ continuamente

O quanto isso é importante foi frisado por Jesus desta maneira: “Se não comerdes a carne do Filho do homem, e não beberdes o seu sangue, não tereis vida em vós mesmos. Quem come a Minha carne, e bebe o Meu sangue, tem a vida eterna, e Eu o ressuscitarei no último dia. 

Porque a Minha carne verdadeiramente é comida [espiritual], e o Meu sangue verdadeiramente é bebida. ... Quem come a Minha carne e bebe o Meu sangue, permanece em Mim e Eu nele. ... quem de Mim se alimenta, por Mim viverá. ... quem comer este Pão viverá para sempre” (Jo 6.53-58 - KJ).

Recordamo-nos do Salmo 23.5 (KJ), o do bom Pastor: “Tu preparas uma mesa para mim na presença dos meus inimigos”. Entende-se que a palavra ‘adversários’ faz referência aos anjos maus. Mas o que está sendo servido sobre Sua mesa? Bem, cremos que você prontamente concordará conosco que tem a ver com João 6.57: “... quem de Mim se alimenta também por Mim viverá”.

Então, a participação na ‘ceia do Senhor’ simboliza, também, o anúncio do nosso propósito e disposição de, diante das tentações, nos alimentarmos da Palavra, com fé em Seu poder criador. 

Se isso não acontecer, e se não for essa a nossa compreensão, atitude e prática, a ‘ceia do Senhor’ – ‘ceia do Cordeiro de Deus’ – corre o risco de se degenerar em frio formalismo, isto é, participarmos dessa sagrada cerimônia sem nos dar conta de um dos seus reais significados. E, assim, corremos o risco de estar listados entre os que se apresentam ‘tendo aparência de piedade, mas negando o poder dela’ (2 Tm 3.5 - KJ).

‘Tudo posso nAquele ...’

Assim, como o ferro – em si mesmo – não dispõe de qualquer força ou poder para resistir à atração do imã, em nós próprios, realmente, não existe poder algum capaz de sujeitar, de controlar, de vencer as nossas tendências ao egoísmo, ao mal, quando incitadas pelo inimigo do Senhor.

Jesus nos advertiu: “Sem Mim, nada podeis fazer” (Jo 15.5); porém, se a nossa frágil vontade estiver unida à onipotência, existente na Palavra de Deus, ela se torna, sim, onipotente: “Tudo posso no Cristo que me fortalece” (Fl 4.13). 

“O que é impossível aos homens, é possível para Deus” (Lc 18.27). “Porque com Deus nada será impossível” (Lc 1.37 - KJ). Parafraseando João 15.1-2 temos: “Eu sou o Trator verdadeiro, e Meu Pai é o Tratorista. Todo implemento que, estando acoplado em Mim, não funcionar direito, Ele o desacopla; e todo o que já está funcionando bem, Ele o regula mais, para que funcione ainda melhor”. 

Conhece alguém que, ofensivamente, supõe que o ‘Tratorista’ é incapaz de regular os  Seus ‘implementos’ até a perfeição, que Ele tanto deseja e espera?

As ações da Palavra [Jesus] e do Espírito Santo em nós, constantemente

É pela fé no poder da Palavra, ‘comendo a carne do Cordeiro de Deus’, que se vence. Nenhum ser humano, em si próprio, é justo; portanto não podemos produzir justiça apenas por nosso esforço. “Maldito o homem que confia no homem, e faça do homem o seu braço, e aparta o seu coração de Yahweh! ...  Bendito o homem que confia em Yahweh, e cuja confiança é Yahweh” (Jr 17.5-7).

O Senhor deseja não apenas nos contar ‘como justos’, mas verdadeiramente ‘nos tornar justos’ pelo Seu poder. Tanto por criar em nós as tendências ao bem, tornando-nos ‘novas criaturas’, como em produzir motivos altruístas, justiça, obediência à Lei em nós pela fé na onipotência da Palavra 

[Jesus, o Verbo, a Semente]. 

Ao vivermos a vida ‘pela fé no poder da Palavra’, o Espírito Santo age em nós, unindo a nossa mente à de Cristo, de sorte que a nossa vontade, sentimentos e emoções se misturam, se mesclam com a vontade, sentimentos e emoções de Jesus. Passamos a viver a Sua vida ou, melhor, dito em outras palavras: “Cristo vive em mim” (Gl 2.20), servindo-Se da minha mente. 

Na conversão, o Espírito Santo implanta tendências ao bem em nós; imprime Suas leis em nossas mentes, inscreve Sua ‘Lei em nossos corações’ (Hb 8.8-11), possibilitando que participemos de Sua natureza divina. “Porque a lei do Espírito de vida que está em Jesus Cristo te livrou da lei do pecado e da morte” (Rm 8.2). Nesse ambiente é que a ‘Videira verdadeira’ produz Suas ‘uvas’ nos ‘ramos’; isto é, para nós a obediência à Lei torna-se natural, espontânea. 

Assim a Palavra [Semente] frutifica em nossa mente, reproduzindo em nós o caráter de Jesus Cristo. E o Espírito Santo aprofunda em nós o gosto pelo bem, pela verdade e pela justiça; cria em nós o prazer da comunhão com Deus; desenvolve as tendências ao amor, a fazer o bem ao próximo – seja amigo ou inimigo; cria em nossa mente motivos cristocêntricos, pensamentos, emoções, atitudes e sentimentos justos, altruístas; comunica-nos a justiça de Cristo. Essa é a milagrosa vida da fé. Ele nos veste ‘de linho branco ... puro’ (Ap. 19.8).

Sem a benfazeja ação do Espírito Santo em nossos corações: 

(1) nenhum de nós poderia voltar-se para Cristo, aceitando Sua Pessoa, Suas Palavras e mensagem; sequer uma única oração seria proferida por nós. (Rm 8.26). Sem Sua ação, a pregação do evangelho não frutifica;

(2) assemelhar-se-ia a plantar em terra seca, no pó; pois alguém poderá até falar e dar exemplo, estimulando alguém a servir ao Senhor. Suas palavras, porém, chegarão apenas até aos ouvidos e à mente do outro. 

Entretanto, para que elas transitem dos ouvidos para o coração, nele penetrem, sejam aceitas e vinguem, sempre se faz necessária a ação e a assistência da terceira Pessoa da Divindade. Cabe-nos o dever de orar muito nesses dois sentidos. Amém?

Foi profetizado que a Igreja se chamaria: ‘Senhor, Justiça Nossa’

Quando a Igreja ‘do Deus vivo e verdadeiro’, isto é, aquele povo cujo sincero empenho é, por amor ao Pai, tornar-se pela fé: “homem íntegro e justo, temente a Deus e apartado do mal” (Jó 1.1), tiver aprendido e estiver ‘comendo o Cordeiro’ ininterruptamente, as seguintes profecias se tornarão realidade: 

“Eis que os dias vêm, diz o SENHOR, em que Eu levantarei para Davi um Renovo justo, e um Rei reinará e prosperará, e executará juízo e justiça na terra. Nos Seus dias Judá será salvo e Israel habitará a salvo. E este é Seu nome, pelo qual Ele será chamado: o Senhor Nossa Justiça” (Jr 23.5-6 - KJ). 

E agora observe esta outra profecia:

“Naqueles dias Judá será salvo, e Jerusalém habitará a salvo, e este é o nome pelo qual ela será chamada: O SENHOR nossa justiça” (Jr 33.16 - KJ). 

Percebeu? ‘Ela’ – a Igreja, o povo fiel – será vestida com as ‘vestes da justiça de Cristo’ ao ponto de ser chamada por esse, que é o mais nobre dos títulos. Significa que os cristãos ‘dos últimos dias’ estarão refletindo 100% o caráter de Cristo, ou seja, Ele viverá neles ininterruptamente! 

“O remanescente de Israel não cometerá iniquidade, nem falará mentiras, e não se achará língua enganosa na sua boca; mas serão alimentados e se deitarão, e ninguém os fará ter medo” (Sf 3.13 - KJ). Que futuro glorioso está, pois, à espera daquele que, sinceramente, tem mesmo ‘fome e sede de justiça’ de Cristo pela fé. Amém?

Vitória! A Justiça de Cristo pela fé

O ato de Pedro andar sobre as águas (Mt 14.27-32) foi um milagre da fé! Viver a verdadeira vida cristã também é um milagre, produzido pela fé no poder da Palavra [Jesus]. “Todo o que é nascido de Deus não pratica o pecado, porque a Semente de Deus está nele e não pode pecar, porque é nascido de Deus” (1 Jo 3.9). Entendamos corretamente: ‘Não pode pecar’ enquanto a Semente estiver nele! Enquanto o Pai estiver revelando Seu Filho neles (Gl 1.15-16).

Jesus [a Palavra] nos salva dos nossos pecados e não em nossos pecados. Sua justiça não é como uma capa para encobrir vícios ou pecados acariciados, não confessados e não abandonados. Longe disso. Vencemos o inimigo, sim, PORQUE Jesus o venceu e nos credita Sua vitória, como Davi, ao vencer Golias, deu vitória ao exército israelita. Entretanto, vencemo-lo COMO Ele o venceu: pela fé no poder de Sua Palavra, citada no momento de cada tentação. 

Portanto, a fim de se obter força espiritual, poder moral para vencer o inimigo, que busca governar o nosso ego, devemos, sim, nos alimentar de Cristo, momento a momento. Comamos a ‘carne do Cordeiro de Deus’ constantemente e alegremo-nos nas vitórias que nosso Salvador e Senhor, espontânea e infalivelmente, produz, em nós, em nossa mente e em nossa vida. E Ele é nosso Salvador também nas dificuldades desta vida. Amém?

Ao assim procedermos, estaremos entrando no descanso de Hebreus 4. Sim, estaremos descansando das obras da lei, da justiça própria, do terrível legalismo, que está inviabilizando e desmoralizando o moderno cristianismo.

Realcemos agora esta bendita promessa, a nós feita por Yahweh, nosso querido Pai Celestial: “Por amor de Sião Me não calarei, e por amor de Jerusalém não Me tranquilizarei, até que surja a sua justiça como a luz, e sua salvação acenda como tocha. 

Então as nações verão tua justiça, e todos os reis a tua glória; e te chamarão com um nome novo, o qual a boca de Yahweh determinará. E serás coroa de esplendor na mão de Yahweh, e diadema real na palma do teu Deus” (Is 62.1-3). Você também está disposto a ter parte no cumprimento dessa bendita e venturosa profecia? Se positivo: aceite a Lei de Deus ‘em Cristo’. Amém?

Ore conosco: “Querido Deus, dá também a nós a graça de constantemente comermos a carne do Cordeiro pascal, a fim de que, pela atuação do Espírito Santo, Jesus Se revele em nós. Em nome de Cristo. Amém”.


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