34 - A sacudidura

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34 - A sacudidura 

Um intrigante ‘por quê?’

O ensinamento de ‘COMO’ se procede a fim de, definitivamente, dominar o ego pela fé no poder criador e transformador da Palavra de Deus, é o núcleo central da mensagem da Justiça de Cristo pela fé, a terceira mensagem angélicade Apocalipse 14.6-12; 18.1-3.

Conforme temos apresentado, trata-se de uma mensagem libertadora, sólida, bíblica, fundamentada na Verdade e tão antiga quanto as próprias Escrituras; entretanto sua vivência e prática conduz a esta profetizada provação: a SACUDIDURA que teve seu início há cerca de 135 anos, mediante o forte impulso dos ensinos de Ellet J. Waggoner e de Alonzo T. Jones, com o notável apoio de Ellen G. White, especialmente na reunião da liderança do profético movimento adventista em Mineápolis, em 1888.

Sendo uma mensagem assim tão importante, POR QUE, então, é tão pouco conhecida do povo de Deus em nossos dias? Por qual razão a maioria dos cristãos dos ‘últimos dias’ ainda não a está praticando nem ensinando aos seus próprios filhos? 

Se os sinceros filhos de Deus a tivessem ouvido, aceito, aprendido e praticado: as calúnias, que Satanás tem lançado sobre o nosso Deus, há muitas décadas já teriam sido refutadas (Rm 3.4. Ef 3.10). Nosso Pai já teria sido julgado ‘justo e verdadeiro’ pelo Universo celestial, e, assim, Jesus já teria voltado! E o mal, que enche de tristeza e de dor o coração de nosso Pai, já teria cessado há muitos anos. O que impediu a realização de tal feito? 

Quem, pois, está dificultando sua divulgação? Eis o ‘PORQUÊ’:

O horizonte escurecendo

À medida como avançamos no final dos tempos, o ambiente e as circunstâncias, que envolvem a humanidade, estão se tornando cada vez mais adversos à prática da justiça, do bem e do amor. 

O próprio Jesus nos alertou: 

“É necessário que façamos as obras dAquele que Me enviou, enquanto é dia; a noite vem, quando ninguém pode trabalhar” (Jo 9.4 - RA). 

Ele Se referiu à escura noite da impiedade, quando o inimigo de Deus teria permissão para se assenhorear completamente da absoluta maioria da humanidade, conforme Apocalipse 12.18 (RA): “E [o dragão, Satanás] se pôs em pé sobre a areia do mar”, isto é, sobre os ímpios. Está se avizinhando a hora em que os ‘ventos’ da maldade, da injustiça, da ilegalidade, da corrupção se soltarão por completo (Ap 7.1-3).

Assim “... sobre a terra haverá angústia das nações e extremo desespero por causa do rugido do mar; desfalecerão os homens por causa da comoção provocada pelo terror do que sobrevirá à terra e os poderes do céu serão abalados” (Lc 21.25-26). 

Conforme Apocalipse 17.15, água, mar e rios simbolizam ‘povos, multidões, nações e línguas’. Conclui-se, então, que haverá convulsões sociais, guerras civis, guerra entre as pessoas, entre cidades e entre nações. Consulte-se também Isaías 19.1-4, em cuja passagem, ‘egípcios’ é sinônimo simbólico de ímpios.

Qual a influência que esse ambiente adverso exerceria sobre a Igreja?

Sabe-se que ‘o amor é o cumprimento da lei’ (Rm 13.10) e que o ‘mundo’ em si despreza a Lei de Deus, e não tem qualquer disposição de guardá-la. Donde se conclui que as palavras: ‘... o amor de muitos se esfriará’ (Mt 24.12) se aplicam ao ambiente da igreja.   O mesmo sucede com 2 Timóteo 3.1-5:  

“Porém sabe isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos difíceis; porque haverá homens [membros nominais da igreja] amantes de si mesmos, amantes do dinheiro, jactanciosos [presunçosos], altivos [arrogantes, soberbos], blasfemos, desobedientes a seus pais, ingratos, ímpios, caluniadores, escravos das concupiscências, cruéis, inimigos do bem, traidores, desenfreados, arrogantes, amantes dos prazeres mais do que do amor a Deus, que terão aparência de reverência a Deus, mas estarão distantes do poder de Deus. Aos que são assim, aparta-os de ti ...”. Na RA lê-se: Foge [afasta-te] TAMBÉM desses”, isto é, de suas ideias.

Temos ouvido alguns pregadores que entendiam que o texto acima se aplicaria ‘aos de fora’, ‘aos do mundo’, isto é, aos ímpios; porém, o fato mais real e constatado, ao longo da história humana, é que os ímpios, tendo sido infiéis, SEMPRE revelaram as lamentáveis características e atitudes de buscar o interesse próprio, conforme Romanos 1.18-32. Sempre foram uma fiel e lamentável expressão da maldade humana, intrínseca à nossa natureza pecaminosa. Logo 2 Timóteo 3.1-5 não se refere aos ímpios, aos do mundo. 

Se, pois, essa profecia não se refere ‘aos de fora’, a quem poderia se referir, senão ‘aos de dentro’? Sim, é lamentável reconhecer: refere-se mesmo a esses e não, àqueles. Trata-se de um preocupante e real retrato do caráter dos ‘falsos irmãos’ (2 Co 11.26; Gl 2.4). E por isso a expressa ordem do Senhor é: ‘Foge [afasta-te] TAMBÉM desses’; porque das ideias, da intimidade e costumes dos mundanos, os que desejam ser fiéis já estavam ‘fugindo’ desde a conversão.

A Igreja se dividiria em dois distintos grupos

Que trigo e joio sempre existiram em uma igreja, não é novidade alguma. Entretanto, na proximidade da volta de Jesus, haveria a sacudidura, ocasião em que, lamentavelmente, a Igreja se dividiria em dois partidos, dois grupos bem distintos, de maneira bem aberta, a descoberto. 

Conforme Mateus 24.4451: o servo mau e o servo fiel e prudente. Ou segundo Mateus 25.1-13: as virgens loucas e as virgens prudentes. Frisemos, entretanto, com ênfase que, em cada um dos dois grupos, poderá ainda haver, sim, joio e trigo.

E o motivo da divisão também foi devidamente profetizado: “Porque virá tempo em que não prestarão atenção à sã doutrina, antes tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si mestres conforme as suas próprias paixões, e apartarão seu ouvido da verdade, e se voltarão aos mitos” (2 Tm 4.3-4). 

O que causa, pois, a sacudidura, esse abalo no meio cristão?

Sabe-se que o conhecimento da Verdade é progressivo, gradual e infinito. Portanto, nenhum homem avançou – e nem vai avançar! – a tal ponto de poder abarcá-lo em sua totalidade. A Verdade está e continuará sempre Se revelando em novos aspectos, e o fará também no infinito. De sorte que, nessa estrada, há alguns mais adiantados e outros mais atrasados. E inclua-se aqui também os que nunca ouviram falar da Bíblia, nem do verdadeiro Deus.

Assim, em todas as sociedades – cristãs e não-cristãs – há os que são plenamente sinceros e estritamente fiéis à própria consciência e há os que o são apenas de aparência; os que, em realidade, são infiéis a ela. 

A humanidade já está, pois, dividida nesses dois grupos. Assim Jesus realçou a preciosidade de uma consciência limpa: “O olho [a consciência] é a lâmpada do corpo, de modo que se o teu olho é inocente, também todo teu corpo resplandecerá, mas se o teu olho for maligno, todo o teu corpo estará em trevas. Portanto, se a luz que há em ti são trevas, quão grandes não serão tuas trevas!” (Mt 6.22-23).

De sorte que não é a mensagem do ‘COMO’ que divide uma comunidade religiosa. Essa mensagem apenas revela a divisão que já existia bem antes de sua chegada. Ela não provoca a divisão; apenas põe-na a descoberto. É dessa maneira que a Verdade causa uma sacudidura, primeiramente entre cristãos dos ‘últimos dias’, e, na sequência, abrangerá todas as mais diversas comunidades cristãs, vindo a, finalmente, abranger também os não-cristãos. Envolverá, assim, a humanidade toda.

Os fiéis e sinceros, que estão cândida e sinceramente desejosos de prestar perfeita obediência ao Senhor, repletos de entusiasmo amam esse ensinamento e vibram de alegria ao ouvi-lo, ao praticá-lo e em transmiti-lo aos que o desconhecem. 

Entretanto, os que não estão dispostos a abandonar seus defeitos de caráter, a negar o próprio eu, odeiam-no com aversão incontida. E, obviamente, opõem-se à sua pregação. Abertamente ‘se recusarão a dar ouvidos à verdade, entregando-se às fábulas’ (2 Tm 4.4 - RA). 

E não se coloca em dúvida a sinceridade daquele que se opõe ao ‘COMO’! Se tiver cauterizado a própria consciência, por ter persistido, anteriormente, em não dar ouvidos à voz do Espírito Santo em algum outro tema, poderá chegar a se opor a Deus, enquanto crê, em sinceridade, estar do lado dEle. “Eles [ex-irmãos] vos expulsarão das sinagogas; sim, vem a hora em que todo o que vos matar julgará prestar um serviço a Deus” (Jo 16.2). Sinceramente culpados!

As ‘virgens loucas’ (Mt 25.1-13) enganam-se; sua falha está em não levar ‘azeite nas vasilhas’, isto é, em não obedecer perfeitamente à Lei. E, sem o ‘COMO’ não há como obedecer. Eis, pois, como se estabelecem os dois distintos grupos dentro do moderno cristianismo, conforme fora profetizado.

Atenção: Na sacudidura, a igreja se dividiria em dois partidos

“Deve haver uma sacudidura entre o povo de Deus ...; ela será o resultado da rejeição da verdade apresentada”.  

“Ao vir a sacudidura, pela introdução de falsas teorias ..”.    

“Esta é nossa mensagem, a própria mensagem que os três anjos voando pelo meio do céu estão proclamando. ... Uma nova vida está vindo do Céu e tomando posse de todo o povo de Deus. Mas introduzir-se-ão divisões na igreja. Desenvolver-se-ão dois partidos ”.    

Esses verbos estavam no futuro, logo não se aplicam à realidade do trigo e joio. Conforme Mateus 24.44-51 e 25.1-13: o do servo prudente (virgens prudentes) e o do servo espancador (virgens loucas). Como essa profecia se referiu ao futuro, não deve ser aplicada a joio e trigo, visto que esses sempre existiram desde os dias de Cristo. Essa divisão seria nova.

“Perguntei a significação da sacudidura que eu vira, e foi-me mostrado que era determinada pelo testemunho direto contido no conselho da Testemunha verdadeira à igreja de Laodiceia. [Esse conselho foi o de comprar dEle ouro, colírio e vestes; em outras palavras: perfeita obediência à Lei pela fé no poder da Palavra]. 

Isso produzirá efeito no coração daquele que o receber, e o levará a empunhar o estandarte e propagar a verdade direta. Alguns não suportarão esse testemunho direto. Levantar-se-ão contra ele, e isso é o que determinará a sacudidura entre o povo de Deus”. 6

“Vi que o testemunho (Ap 3.14-22) da Testemunha verdadeira não teve a metade da atenção que deveria ter. ... Tal testemunho deve operar profundo arrependimento; todos os que o recebem de verdade, obedecer-lhe-ão e serão purificados”. Logo esse testemunho tem a ver com o ‘COMO’.

“Estamos no tempo da sacudidura, tempo em que cada coisa que pode ser sacudida, sacudir-se-á. O Senhor não desculpará os que conhecem a verdade, se não obedecem a Seus mandamentos por palavra e ação”.  

“Começou a forte sacudidura e continuará, e todos os que não estiverem dispostos a assumir uma posição ousada e tenaz em prol da verdade, e a sacrificar-se por Deus e por Sua causa, serão joeirados”. 

A sacudidura resulta do confronto entre a mensagem do ‘COMO’ com a da ‘justiça própria’ [‘legalismo’, ‘obras da lei’]. E, assim revela-se a divisão que já existia. De sorte que, se a sacudidura ainda não está acontecendo em sua comunidade, é porque a mensagem do ‘COMO’ não chegou ali ou, se chegou, foi abafada, sufocada pela administração opositora. Esteja bem certo disso! 

Resta-nos, agora, também considerar: nas mãos de qual dos dois partidos estaria a administração da instituição? Nas do ‘servo fiel’ ou nas do ‘servo mau’?

Como serão tratados os fiéis?

Considere o aviso profético que Jesus nos deu em Marcos 13.9: “Mas fiquem atentos por vós mesmos, porque eles vos entregarão aos conselhos [comissão da igreja], e nas sinagogas sereis açoitados.” E em Mateus 10.17: “Mas cuidado com os homens; porque vos entregarão aos concílios, e vos açoitarão nas suas sinagogas”.

Essa profecia de Jesus já se cumpriu no passado? Sim, já! Terá, por ventura, outro cumprimento no futuro? A resposta em Marcos 13.10 (RA): 

“Mas é necessário que primeiro o evangelho seja pregado a todas as nações”. O evangelho já foi pregado a todas as nações? Não! Então, muito embora tenha havido perseguições religiosas no passado, essa profecia de Jesus refere-se também a um fato presente e futuro. E Mateus 10.23 RA, igualmente, situa essa perseguição na proximidade da volta de Jesus, pois nele se lê: “Quando, porém, vos perseguirem numa cidade, fugi para outra; ... não acabareis de percorrer as cidades de Israel, até que venha o Filho do homem”, Jesus. Profecia adventista!

A palavra original, que nos textos anteriores foi traduzida por ‘conselhos’ ou ‘concílios’, é ‘sinédrios’ [sunedrion]. Ora, como se chama o ‘sinédrio’ ou ‘concílio local’ que julga [tribunal] os casos, visando disciplinar os membros de uma comunidade religiosa, da igreja? Comissão da igreja. 

E como ‘sinagoga’ é sinônimo de igreja local, conclui-se que Jesus, de antemão, avisou que os que Lhe fossem fiéis seriam repreendidos pela própria comissão de sua igreja e ‘açoitados’ com expulsão do rol de membros, com calúnias, mentiras, injustiças, deboche, difamações, ridicularizações, outros maus tratos. 

Aprofundemo-nos mais nesse tópico

Consideremos algo mais, relativo a Mateus 24.48-49: “Mas se aquele mau servo disser no seu coração: O meu Senhor tarda a vir, e começar a espancar os seus conservos, e a comer e a beber com os beberrões”.

Com a boca, o ‘mau servo’ declara: “Jesus em breve virá!” Entretanto, por não manifestar interesse, urgência e zelo em dominar o próprio ego pela fé, com seus atos afirma: “Meu Senhor tarda a vir!” E o ‘mau servo’ passa ‘a comer e beber com bêbados’. Aqui denuncia-se a busca do prazer mundano e o envolvimento com o ecumenismo que se originou em Roma.

E ele também ‘espanca’ os seus irmãos [servo prudente] com difamações, calúnias, injustiças, mentiras, deboches, perseguições, etc. Se ele não detivesse autoridade eclesiástica, o ‘espancamento’ poderia continuar? Ora, se não a estivesse exercendo, ele mesmo seria, incontinenti, disciplinado. Sim, amigo, a terrível perseguição final – o ‘açoitamento’, o ‘espancamento’ dos que desejam ser fiéis – inicia-se mesmo dentro das próprias fileiras da Igreja ‘do Deus vivo’ nestes ‘últimos dias’, promovida pela sua própria administração. 

Temos, assim, que a profecia nos está informando que os mais ferrenhos perseguidores, os piores inimigos, os mais cruéis caluniadores dos que estiverem lutando para ser fiéis e obedientes ao Senhor pela fé, serão os que estarão fazendo parte da administração da Igreja nos dias finais, antecedentes à volta do Senhor. 

Lamentavelmente existe esta terrível realidade: “Se uma igreja – e sua administração – forem fiéis, o mundo as perseguirá; se a administração for infiel, ela mesma perseguirá os fiéis em seu meio”. Triste e real.

A mais terrível das reprovações à hodierna liderança  

Provavelmente a mais franca e terrível reprovação do Senhor, dirigida à administração da Igreja de nossos dias, seja a de Apocalipse 3.14-16 RA: “Ao anjo [administração] da igreja em Laodiceia escreve: Estas cousas diz o Amém, a Testemunha fiel e verdadeira, o Princípio da criação de Deus: Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente. Quem dera fosses frio, ou quente! Assim, porque és morno, e nem és quente nem frio, estou a ponto de vomitar-te da Minha boca”. 

Note-se que Jesus não está Se dirigindo ‘à Igreja em Laodiceia’, e, sim, ‘ao anjo da Igreja’, isto é, à sua administração, isto é, desde os líderes da comunidade local até a Associação Geral. 

Tal como nos dias de Cristo, a atual liderança da Igreja postou-se contra o Senhor ao recusar [ou menosprezar] a mensagem do ‘COMO’, enquanto um dos partidos mantém-se fiel a ela. Eis seu inspirado comentário: “A figura de vomitar da Sua boca significa que Ele: 

(1) não pode oferecer a Deus as vossas orações ou expressões de amor. 

(2) não pode aprovar de forma alguma o vosso ensino de Sua Palavra [Lições de estudo semanal da Bíblia, Sermões, Conferências, Estudos Bíblicos, Literatura, Programas de Rádio, TV, Internet, etc.] ou o vosso trabalho espiritual. 

(3) não pode apresentar os vossos cultos religiosos com o pedido de que vos seja concedida graça”.   Considere-se essa realidade com orações e jejuns.

A situação é tão indigesta, devido às heresias que levam ao formalismo e ao legalismo, que Jesus está ‘a ponto de vomitar’. E o sentimento de Seu ‘açoitado’ povo, qual deveria ser? “Tende em vós aquele sentimento que houve também em Cristo Jesus” (Fp 2.5 RA). 

Deveríamos nós, por acaso, ficar suspirando, com o desejo de voltar a aceitar as ideias dos da ala dos ‘açoitadores’, heréticos opositores à mensagem de ‘COMO’ se faz para vencer? Certamente que não! 

Ora, apostatar da verdade não é uma atitude a ser considerada. Em cumprimento a Daniel 11.41, o ‘rei do Norte’ – o papado! – invadiu a ‘terra gloriosa’, isto é, a administração da legítima igreja cristã, introduzindo nela as suas doutrinas heréticas: (1) pecado como natureza, (2) pré-lapsarianismo, (3) impossibilidade de deixarmos de ofender a Deus, entre outras coisas. 

Convém notar que o êxito do ecumenismo é uma clara evidência de que ele controla, hoje, as mais diversas congregações.

Os falsos líderes perdem a influência

Quando o membro, que deseja ser fiel, entende que a administração de sua querida Igreja se opõe à mensagem do ‘COMO’, é óbvio que esses líderes perdem a influência, anteriormente exercida sobre ele! Cumpre-se, assim, o paralelismo de Números 25.4, quando foi dada a ordem de se executar os príncipes do povo: “Toma todos os cabeças do povo, e enforca-os perante o Senhor ...”. 

É a consciência do membro, que deseja ser fiel, a que executa essa terrível ordem profética ao se livrar da influência dos líderes que advogam aquele conjunto de heresias. Entretanto, ele não tomará a iniciativa de sair da comunidade; mas, se permanecer firme e fiel à mensagem, a própria comunidade o rejeitará como se ele fosse infiel e, sem a menor sombra de dúvidas, ele verá o seu próprio nome ser removido do rol de membros dela.

A necessidade de um ambiente hostil e decepcionante

Quando Deus Pai enviou Seu Filho a fim de que desenvolvesse um caráter perfeito, que tipo de ambiente escolheu para Ele? Nazaré, o pior lugar que havia. “Pode haver coisa boa vinda de Nazaré?” (Jo 1.46). O que podemos aprender desse fato? “Mares calmos não fazem bons marinheiros”.

Ora, se um ambiente for tranquilo, respeitoso, ameno, agradável, não favorece o desenvolvimento da devida têmpera, desejável e necessária na formação de um caráter perfeito. Esse desenvolve-se melhor em um ambiente difícil, hostil e decepcionante. Assim o Senhor o permitiu dentro de Sua própria igreja, onde os próprios ‘ex-irmãos’ tornam-se os seus piores inimigos. 

A experiência dos apóstolos

No lugar santíssimo do Santuário terrestre em Jerusalém, nos dias de Cristo, havia o Shekhinah, que representava a presença divina naquele local. Apenas o sumo-sacerdote adentrava no Santíssimo, uma vez por ano; e se o fizesse estando em pecado, morreria instantaneamente; se qualquer outra pessoa ousasse contemplar o Shekhinah seria fulminado incontinenti. 

Diante da persistência da liderança dos ‘escribas e fariseus, hipócritas’ (Mt 23.13) em resistir aos ensinos do Senhor Jesus, chegou-se ao ponto em que, relativamente ao Santuário terrestre, Ele os advertiu com as seguintes palavras: “Eis que a vossa casa vos ficará deserta” (Mt 23.38 - RA), ou seja: a presença do Divino seria retirada daquele recinto sagrado. Apesar dessa admoestação, a liderança dos judeus ousadamente avançou de forma mais decidida na rejeição do Senhor, culminando com Sua morte na cruz.

No momento em que Cristo expirou na cruz, um sacerdote, que já estava com o punhal levantado para imolar o cordeiro para o sacrifício da tarde, presenciou esta cena: “Eis que o véu do templo se rasgou em dois, de alto a baixo” (Mt 27.51). Entretanto ele não morreu, em razão de que a presença divina já não estava mais naquele recinto. Aquela casa já estava ‘deserta’.

Dado que a atual administração da igreja persegue os que estão lutando para serem fiéis ao Senhor, perguntamos: “Poderiam os perseguidores continuar ainda sendo agraciados com a presença do Senhor em seus templos?” As palavras de Jesus aos persistentes judeus opositores contêm a resposta. 

Devemos, entretanto, fazer esta ressalva: a presença do Senhor certamente estará nas comunidades em que, mesmo estando envolvidas em legalismo, ainda não se manifestaram contra a mensagem do ‘COMO’, por ainda não a ter ouvido.

Há que se realçar que, a despeito da presença divina já ter sido retirada do Santuário terrestre nos tempos apostólicos, os seguidores de Cristo continuaram, por algum tempo, a frequentar aquelas cerimônias que já não tinham mais qualquer sentido. 

Tanto que, em Atos 3.1 (RA), lê-se: “Pedro e João subiam ao templo para a oração da hora nona”. É que ainda não haviam se dado conta daquela triste realidade: a presença divina já não estava mais naquele recinto, antes sagrado. Demorou um bom tempo antes de compreenderem.

Algo semelhante pode acontecer com o fiel perseguido pela administração de sua querida igreja. Temos visto que demora algum tempo, no qual ele se debate entre dúvidas, aflições e angústias, até poder compreender e assimilar a triste realidade: a administração postou-se contra o Senhor e Ele retirou-Se.

Devido às ofensas, recorreriam os ‘espancados’ à justiça comum?

Conforme a iniquidade se espalha e cresce continuamente em todas as sociedades, têm sido aprovadas algumas leis civis, que podem ser usadas também com propósitos escusos. Uma delas é a lei que prevê indenização por ofensa ou dano moral. 

Recorreriam à justiça comum os ‘açoitados’, valendo-se dessa ou de outras leis civis, como uma maneira de obstar ou dificultar o início ou a continuidade da perseguição de que são vítimas? Alguém poderia, inclusive, argumentar que iria à justiça, não por sua própria causa, mas por motivos – supostamente altruístas – tais como:

· buscar impedir que outros, menos favorecidos, também venham a sofrer igual perseguição e injustiça;

·  impedir que haja obstáculos à pregação do evangelho ou para facilitá-la.

Bem, o que sabemos é que o Senhor não nos disse: “Quando vos perseguirem numa cidade, denunciem à polícia, ajustem um advogado, recorram ao juízo civil, e requeiram indenizações, etc.” O que significaria também quebrar o princípio de separação entre a Igreja e o Estado. 

Entretanto a orientação de Jesus foi precisamente esta: “Mas quando vos perseguirem nesta cidade, fugi para a outra” (Mt 10.23). Ora, sabe-se que o mais eficiente combustível para incrementar a pregação do evangelho é, precisamente, a perseguição. E é também por esse motivo que o Senhor a permite. O que mais nos instrui a Palavra de Deus a respeito desse assunto? Em Provérbio 20.22 lemos: “Não digas: retribuirei o mal; mas espera em Yahweh que Ele te livrará”.

Em 1 Coríntios 6.1-7 lemos:  “Algum de vós se atreve, quando possuirdes alguma controvérsia com seu irmão, a ir a juízo diante dos iníquos e não diante dos santos? ... Por que, pois, não sofreis [suportais] antes o agravo? Ou por que não vos privastes do direito?”

Em 1 Pedro 2.19-20 (RA) lemos assim: “Porque isto é grato, que alguém suporte tristezas, sofrendo injustamente, por motivo de sua consciência para com Deus. Pois, que glória há, se, pecando e sendo esbofeteados por isso, o suportais com paciência? Se, entretanto, quando praticais o bem, sois igualmente afligidos e o suportais com paciência, isto é grato a Deus”.

As citações acima já são suficientes para nos indicar qual é o caminho. Recorrer à justiça civil, devido aos ‘açoites’ e ao ‘espancamento’ simbólicos, significaria roubar de Deus a honra que Lhe é devida; se assemelharia à atitude de Geazi, quando desrespeitou a instrução divina, requereu dádivas de Naamã (2 Re 5 - RA): dois talentos de prata e duas vestes festivais.

Que tipo de sentimentos alimentam os ‘espancados’?

E as atitudes e os sentimentos que os ‘açoitados’ alimentam em relação aos seus perseguidores, serão semelhantes aos que o apóstolo Paulo expressou, em Romanos 9.2-3, em relação aos judeus opositores: “... de que tenho grande tristeza e constante dor em meu coração; porque tenho orado para que eu mesmo seja anátema [maldito] para o Cristo em lugar de meus irmãos e meus parentes que estão na carne”. 

Ele estava mesmo disposto a ser contado entre os perdidos, se isso pudesse salvar seus opositores. Moisés e Jesus sentiram o mesmo em relação aos culpados (Êx 32.31-32; Fp 2.5-8). É o sentimento dos açoitados.

O que se passa, interiormente, com os que desejam ser fiéis ao Senhor ao observarem o mal se infiltrando na Igreja, sem que o possam obstar por meio do exercício de autoridade eclesiástica, foi profetizado também em Joel 2.17: “Chorem os sacerdotes, ministros do Senhor, entre o pórtico e o altar, e orem: Poupa o Teu povo, ó Senhor, e não entregues a Tua herança ao opróbrio, para que as nações façam escárnio dele. Por que hão de dizer entre os povos: Onde está o seu Deus?” 

De maneira que o único acordo, possível de ser feito com seus opositores, é este: “Nós entramos com as costas e eles, com os açoites”. Entretanto Satanás não obterá êxito em lhes encher o coração de ódio, amargura ou ressentimento para com os infiéis. Continuarão sendo compassivos, amorosos e compreensivos também com os seus piores inimigos, isto é, seus ‘ex-irmãos’.

No que se refere ao relacionamento interpessoal com os perseguidores, pela graça do Senhor e pelo poder da Palavra, os ‘açoitados’ verão, cumpridas em suas vidas, estas promessas habilitadoras: “Amai os vossos inimigos, fazei o bem aos que vos odeiam; bendizei aos que vos maldizem, orai pelos que vos caluniam” (Lc. 6.27-28 - RA). 

“Porque se amardes os que vos amam, qual recompensa tereis? Eis que não fazem o mesmo os publicanos? E, se vós saudardes somente os vossos irmãos, que fazeis de mais? Eis que não fazem o mesmo os publicanos?” (Mt 5.46-47). 

E a própria perseguição – ao se tornar mais cruel e acirrada – agrupará todos os demais que desejam ser fiéis, que hoje estão dispersos nas mais variadas congregações religiosas; e, ‘Então todos os rebanhos serão um, e um o Pastor’ (Jo 10.16). Será apenas quando a perseguição se tornar mais e mais terrível é que, definitivamente, o joio e o trigo vão se separando, finalmente.

Seriam excluídos do livro da vida os ‘espancados‘ que desejam ser fiéis?

Que a comissão da Igreja – governada pelos opositores – recomendará sua  exclusão do rol de membros, está profetizado (Mc 13.9). A pergunta a se fazer é: tal decisão terá a aprovação dos céus? Consideremos: Quando o ‘cego de nascença’ de João 9.34 foi expulso, excluído da sinagoga pelos judeus:

·  os Céus aprovaram aquela decisão da comissão judaica? Não!

·  deveria ele, por ventura, considerar-se excluído? Não!

· deveria ele, simplesmente, considerar que os judeus haviam apenas tomado uma decisão perversa, cometido um pecado, um crime? Sim!

Mal sabiam eles que, ao assim procederem, estavam ferindo ‘a menina dos olhos do Senhor, nosso Deus’ (Zc 2.8 - RA). O mesmo acontece em nossos dias, quando a administração da igreja disciplina injustamente os que desejam ser fiéis. Portanto, nada tem-se a temer ou a recear quanto a esse assunto. 

O que significa apostasia?

Está claro para você que dar as costas ao Senhor, por rejeitar-Lhe a mensagem do ‘COMO’, significa ser um apóstata? Ora, pertencer a uma organização religiosa e estar fora da mensagem verdadeira SIGNIFICA APOSTASIA. Lembremo-nos de que Judas pertencia ao seleto grupo dos doze apóstolos! Entretanto, por estar fora da mensagem _ e por essa única razão _ era um apóstata, mesmo enquanto exercia a função de apóstolo. 

Caifás pertencia à organização judaica – na realidade ocupava um posto elevadíssimo, algo semelhante ao de presidente da Igreja da época – mas, por estar fora da mensagem, não passava de um apóstata, mesmo enquanto exercia aquela importantíssima função!  

O ideal seria continuar com o nome no rol de membros e estar na mensagem. Sim! Entretanto, uma vez que a administração busca impor as heresias, que adotou como se fossem a verdade, e decididamente opõe-se ao legítimo evangelho do Senhor, tem-se que escolher entre uma e outra, destas alternativas: (1) Calúnias, difamação e exclusão do rol de membros ou (2) Acovardar-se: estar consciente da Verdade, mas cediço à imposição ou (3) Apostatar da Verdade e continuar no rol de membros. Lamentavelmente!

E, quanto ao destino dos dízimos e ofertas?

Sabe-se que o Senhor destinou o dízimo para ensino do evangelho: “para que haja mantimento [o Pão da vida] na Minha casa” (Ml 3.10 - RA). O destino a lhe ser dado é, pois, uma questão de consciência, uma decisão individual, própria, pessoal. Há estes princípios orientativos:

· “... também nosso Senhor ordenou que os que pregam Seu evangelho vivam de Seu evangelho” (1 Co 9.14). E seria lícito dá-lo àquele que não o prega?

· “Mas mesmo se nós ou um anjo do Céu vos prega algo além do que vos tenho pregado, seja anátema [maldito]. Como antes eu disse, também agora eu repito: Se alguém vos prega algo além do que recebestes, seja anátema” (Gl 1.8-9). Um anátema teria direito a viver de dízimo?

· “Os que dão sua influência para sustentar uma má obra estão prestando um serviço a Satanás”  . Pregar um falso evangelho é uma péssima obra!

Disso se conclui que, se um ministro do Senhor se opõe à pregação do verdadeiro evangelho, torna-se ministro de um falso evangelho! E, dispõe a continuar pregando um falso evangelho, torna-se indigno de ser sustentado ou apoiado com o dízimo do Senhor. 

Sua real e legítima credencial é o evangelho que prega e não a que a organização lhe entrega. Temos, assim, que não se deve apoiar ou sustentar a pregação de um falso evangelho com os dízimos. Como a Igreja se divide em dois grupos antagônicos, a qual deles deveríamos, então, destinar o sagrado dízimo?

Bem, cremos que os que desejam ser fiéis empregarão seus dízimos e ofertas localmente, isto é, dentro de sua área de influência e exclusivamente na pregação do evangelho do Senhor, abstendo-se de dar qualquer tipo de apoio à pregação de heresias ofensivas a Deus. E, na ausência de ministros, dignos de serem sustentados, o dízimo poderia ser empregado também na confecção, na impressão ou na aquisição de literatura que contenha a ‘verdade presente’.  

Que tipo de participação teriam os ‘açoitados’ nos cultos da Igreja?

Obviamente ‘cada caso é um caso’. As situações ou circunstâncias são muito variáveis. O Senhor nos orientará, se O consultarmos em sinceridade e amor. Há, entretanto, alguns princípios bíblicos que poderiam ser considerados.

“Já em carta vos escrevi que não vos associásseis com os impuros: refiro-me com isto não propriamente aos impuros deste mundo, ou aos avarentos, ou roubadores, ou idólatras; pois, neste caso teríeis de sair do mundo. Mas agora vos escrevo que não vos associeis com alguém que, dizendo-se irmão, for impuro, ou avarento, ou idólatra, ou maldizente, ou beberrão, ou roubador; com esse tal nem ainda comais” (1 Co 5.911 - RA). 

Convém nos lembrar de 2 Timóteo 3.5 (RA), última parte: “... Foge também destes”. “Se alguém vem ter convosco e não traz esta doutrina, não o recebais em casa, nem lhe deis as boas-vindas. Porquanto aquele que lhe dá boas-vindas faz-se cúmplice das suas obras más” (2  Jo 10-11 - RA). Que cada cristão considere e medite sobre essas orientações e, na presença do Senhor, decida o que fazer.

“Mas a verdadeira caridade é demasiado pura para acobertar um pecado inconfessado. Conquanto devamos amar as almas por quem Cristo morreu, não nos devemos comprometer com o mal. Não nos podemos unir aos rebeldes e chamar a isto caridade. 

Deus requer de Seu povo nesta fase do mundo que permaneça firme pelo direito tanto quanto João, em oposição aos erros que arruínam a alma. O apóstolo ensina que embora devamos manifestar cortesia cristã, estamos autorizados a tratar em termos claros com o pecado e os pecadores; que isto não está em desarmonia com a verdadeira caridade”.   

Ainda que permaneçam compassivos em relação aos seus perseguidores, nada animará os ‘açoitados’ a dar apoio ou endosso às doutrinas antibíblicas ou a legitimar a opressão em relação a qualquer membro da comunidade.

Esse tipo de tratamento firme poderia ser adotado para não se tornar  transigente, conivente ou cúmplice com a pregação de um falso evangelho e com as injustiças já praticadas ou sendo praticadas pelos ‘espancadores’ no sentido de forçar a aceitação de heresias, bem como uma tentativa de despertá-los quanto ao seu erro, visando à possível restauração deles.

Formariam outra organização os que desejam ser fiéis?

Não! Se eles viessem a formar uma outra organização, é óbvio que se cumpririam também, para a liderança dessa, as profecias de Marcos 13.9; Mateus 10.16-23; 24.48-49, entre outras. Tampouco formariam uma ‘central administrativa’ para onde seriam enviados os dízimos ou que exerceria qualquer sorte de ‘direção’. Nestes momentos finais, o Senhor, através do Espírito Santo, dirigirá Sua igreja, isto é, aqueles que estão empenhados em obedecer-Lhe , de maneira semelhante ao que fez na era apostólica. Atos 16.

Os ‘açoitados’ continuarão a frequentar sua comunidade, destemidamente testemunhando do ‘COMO’ até que lhes for possível e razoável, sem solicitar sua exclusão do rol de membros! Se ali continuarem pregando a Verdade, indubitavelmente serão excluídos! 

Entretanto, após sua presença se tornar deveras indesejada e insuportável à administração e sentindo exclusivamente sobre seus próprios ombros o peso da responsabilidade de ensinar também ‘aos de fora’, em cada comunidade, sem dúvida, eles formarão ‘pequenos grupos’, independentes da administração (Mt 7.6). 

“A formação de pequenos grupos como base de esforço cristão, foi-me apresentada por Aquele que não pode errar. ... Se num lugar houver apenas dois ou três que conheçam a verdade, organizem-se num grupo de obreiros.”   

Essa é a alternativa que lhes resta, uma vez que está fora de cogitação o fundar-se uma outra organização. Através dos ‘pequenos grupos’ a mensagem do ‘COMO’ será levada a todos os habitantes da Terra, tornando realidade a profecia de Apocalipse 18. Que o Senhor, pois, abençoe ricamente a esses pequenos ‘ministérios remanescentes’. E independentes.

Para se levar avante a comissão evangélica, a formação de pequenos grupos, em cada comunidade, constitui-se uma necessidade ‘sine qua non’, isto é, indispensável. 

O ‘pequeno grupo’ poderia ter reuniões duas ou três vezes por semana, para estudo da Palavra, para momentos de orações, de testemunhos, incentivo, ânimo, planejamento, divisão de tarefas e de troca de experiências. Procedendo assim, poderemos estar certos de que ‘Meu Senhor não tarda a voltar’ e estaremos prontos para o Armagedom (Ap 16.16).

Qual é o povo que o Senhor considera hoje como Sua Igreja?

“Deus tem uma igreja. Não é a grande catedral, nem é a instituição nacional, nem são as várias denominações; trata-se do povo que ama a Deus e guarda os Seus mandamentos. ‘Onde estiverem dois ou três reunidos em Meu nome, ali estou no meio deles’ (Mt 18.20). Onde Cristo está, mesmo entre uns poucos humildes, eis a igreja de Cristo, pois somente a presença do Santo e Altíssimo que habita a eternidade é que pode constituir uma igreja”.  

Como se vê, a igreja é o corpo de Cristo, sendo constituída APENAS de pessoas físicas e não de pessoas jurídicas, organização eclesiástica ou legal.

Relembremos o aviso prévio que Jesus nos deu em Marcos 13.9 (KJ): “... porque eles vos entregarão aos conselhos [sinédrios], e nas sinagogas sereis açoitados”. Aqui Ele está Se dirigindo tão somente aos ‘açoitados’ como sendo APENAS eles a Sua Igreja (1 Tm 3.15). Os ‘açoitadores’ (isto é, a administração, ‘eles’!), que a partir da sacudidura passaram a perseguir seus irmãos fiéis, o Senhor já não os considera mais como membros de Seu corpo, de Sua igreja. 

E os que, estando cientes dos fatos, continuam apoiando, com dízimos e ofertas, a administração se tornam seus cúmplices e consequentemente, também não fazem mais parte da igreja do Senhor. É evidente que não se trata de um caso de pequena monta o de rejeitar a mensagem da Justiça de Cristo pela fé no poder criador e transformador de Sua Palavra.  

Donde se conclui que, a partir da sacudidura, todas as cerimônias passam a ser celebradas no ‘pequeno grupo’. Ali celebra-se o lava-pés, a ceia do Senhor, realizam-se batismos, casamentos, cerimônias fúnebres; faz-se apresentação de crianças, unge-se os enfermos com óleo, etc. 

Resumindo: O final desespero por aprovação divina  

O fato é que a mensagem do ‘COMO’ vem sendo rejeitada, pisoteada e impedida, há muitos anos. É constrangedor a gente se dar conta de que esse ‘evangelho eterno’ não terá o apoio da administração, tal como Cristo: “... nem vós entrais, nem deixais entrar os que estão entrando” (Mt 23.13 - KJ). E Seus ensinamentos não o obtiveram da parte do sinédrio judaico, nem atualmente. 

Também é terrível saber que _ quando as vendas lhes forem tiradas, e seus olhos puderem ver a posição em que se encontram _ desesperadamente buscarão uma palavra de aprovação por parte do Senhor e, lamentavelmente, não a encontrarão. Porque, em relação aos opositores que não se arrependerem a tempo, se cumprirá esta gravíssima profecia:

“Eis que vêm dias, diz o Senhor Deus, em que enviarei fome sobre a terra; não fome de pão, nem sede de água, mas de ouvir as palavras [de aprovação] do Senhor. Andarão errantes de mar a mar, e do norte até o oriente; correrão por toda parte, buscando a palavra do Senhor, e não a acharão” (Am 8.11-12 - RA). 

Essa triste situação é a mesma das ‘virgens néscias’ pedindo ‘óleo’ às ‘virgens prudentes’ (Mt 25.8-9).

Estamos vivendo os dias em que está se cumprindo, também em relação à administração, a seguinte profecia: “E quanto ao Meu rebanho, eles comem aquilo que pisoteastes com os vossos pés, e bebem aquilo que sujastes com vossos pés” (Ez 34.19 - KJ). 

E, repetindo: é curioso observar que a mensagem do ‘COMO’ _ ainda que pisoteada, rejeitada e impedida _ constitui-se na delícia e no regozijo dos que anseiam ser fiéis ao Senhor. Assim, esses deverão tomar decisões no sentido de entrar na obra INDIVIDUALMENTE. Sim, individualmente, porque a administração manterá sua posição antagônica, conforme as descrições proféticas, já mencionadas.

Que pena!

Amigo, cremos que o conteúdo deste capítulo seja das mais tristes páginas da história do cristianismo hodierno. Repetindo a história do antigo Israel, a administração do bendito movimento, levantado profeticamente pelo Senhor, conforme descrito em Apocalipse 10 e 14, tendo sido invadida pelo ‘Rei do Norte’ (Dn 11.41), trocou de bandeira e, tendo rejeitado a terceira mensagem angélica, passou a perseguir os que intentam ser fiéis ao Senhor.

‘Vê, isto é novo? Já foi nos séculos que foram antes de nós’ (Ec 1.10 - RA)

Em Cades Barneia, o inimigo conseguiu uma terrível vitória sobre o povo de Deus daquela época, levando-os a duvidar e a desconfiar da Palavra de Deus e, assim, enveredou os israelitas por uma longa caminhada de quarenta anos pelo deserto, sob a liderança de Moisés. 

Semelhantemente, ele novamente obteve êxito, levando a administração à rejeição da mensagem do ‘COMO’ em 1888, e nos desviou da rota. E estamos rodando neste ‘deserto’ de impiedade, maldade, corrupção e ilegalidade, crescentes e espantosas, já há mais que 135 anos. 

E agora estamos enfrentando a triste realidade de a administração continuar em suas ações, que a caracterizam como ‘os piores inimigos de seus antigos irmãos’. Oremos, pois, também por ela, pois, em seu meio, certamente o Senhor tem Seus ‘Nicodemos’. 

Eis um breve quadro profético dessa realidade e ‘o homem preparado’!

“Os que se confiaram no intelecto, no gênio ou talento, não permanecerão à frente das fileiras e colunas. Eles não progrediram de acordo com a luz. Os que se têm mostrado infiéis não serão então incumbidos do rebanho. Na última e mais solene obra, poucos grandes homens se empenharão. 

... Deus realizará uma obra em nosso tempo que poucos esperam. Ele suscitará e exaltará entre nós os que são mais adestrados pela unção de Seu Espírito, do que pelo preparo exterior de instituições científicas [de ensino de teologia, onde se formam os ‘obreiros’, os pastores]”. 

“Então será revelado nas igrejas o maravilhoso poder de Deus. Este poder, porém, não moverá aqueles que não se tinham humilhado perante o Senhor e que não abriram a porta do seu coração ao arrependimento e à confissão dos seus pecados. 

Na revelação deste poder, que iluminará o mundo todo com a glória de Deus, verão somente algo que, na sua cegueira, consideram como perigoso e que despertará medo neles. A seguir levantar-se-ão e resistirão a este poder. Por o Senhor não atuar segundo suas ideias e imaginações, opor-se-ão a essa obra. Dizem, ‘por que não reconheceríamos o Espírito de Deus, nós que estivemos por tantos anos na obra do Senhor?’” Obreiros!?

“Os que proclamam a mensagem do terceiro anjo [isto é: o ‘COMO’] devem ficar corajosamente em seu posto, a despeito de difamações e mentiras, combatendo o bom combate da fé, e resistindo ao inimigo com a arma que Cristo empregou: ‘Está escrito’. Na grande crise por que terão em breve de passar, os servos de Deus terão de enfrentar a mesma dureza de coração, a mesma resolução cruel, o mesmo ódio tenaz enfrentado por Cristo e os apóstolos”.    

Nos dias dos apóstolos, os mais terríveis inimigos da Verdade foram os da administração religiosa (At 5.41). Essa história está e vai continuar se repetindo. Os que são movidos por amor ao Pai suportam com alegria a perseguição. Não seja, pois, essa lamentável realidade, motivo de desânimo, pois Ele completará Sua obra de Apocalipse 18 ‘com migo ou sem migo’. Amém?

Oremos ao Senhor: “Querido Deus, sê o nosso Guia, o nosso Pastor e Mestre também nestes momentos turbulentos. Enche-nos com Teu Espírito Santo e dá-nos a graça de sempre sermos ‘ovelhas de Teu pastoreio’. Em nome de Jesus. Amém”.

Apoio ao conteúdo deste capítulo 

“Assim será proclamada a mensagem do terceiro anjo. Ao chegar o tempo para que ela seja dada com o máximo poder, o Senhor operará por meio de humildes instrumentos, dirigindo a mente dos que se consagram ao Seu serviço. Os obreiros serão antes qualificados pela unção de Seu Espírito do que pelo preparo das instituições de ensino [colégios de teologia?]”.    

“Ao avançar a obra do povo de Deus com santificada e irresistível energia, implantando na igreja o estandarte da justiça de Cristo, movida por um poder que vem do trono de Deus, tornar-se-á a grande controvérsia cada vez mais forte, e se tornará cada vez mais determinada. Mente se aparelhará contra mente, plano contra plano, princípios de origem celestial contra princípios de Satanás. A verdade em seus variados aspectos estará em conflito com o erro em suas formas sempre variadas e crescentes, e que se possível, enganariam os próprios escolhidos”.    

“Muitos dos que ouvem a mensagem - o maior número deles - não darão crédito à solene advertência. Muitos serão achados desleais aos mandamentos de Deus, que são uma prova do caráter. Os servos de Deus serão chamados entusiastas. Os ministros aconselharão o povo a não os ouvirem. Noé recebeu o mesmo tratamento enquanto o Espírito o impelia a dar a mensagem, quer os homens quisessem, quer não a quisessem ouvir”.    

“O inimigo de Deus e dos homens está decididamente contra a clara proclamação desta verdade, porque sabe que, se o povo aceitar, o seu poder estará desfeito. Se puder, porém, dominar os corações daqueles que se chamam filhos de Deus, de modo que as suas experiências de fé estejam cheias de dúvidas e incredulidade, pode vencê-los pelas suas tentações”.   23  

“A verdade será criticada, escarnecida e ridicularizada; mas quanto mais de perto for examinada e testada, mas resplandecerá”.    

“Permanecer em defesa da verdade e justiça quando a maioria nos abandona, ferir as batalhas do Senhor quando são poucos os campeões - essa será nossa prova. Naquele tempo devemos tirar calor da frieza dos outros, coragem de sua covardia, e lealdade de sua traição”.    

“A maior necessidade do mundo é a de homens - homens que se não comprem nem se vendam; homens que no íntimo da alma sejam verdadeiros e honestos; homens que não temam chamar o pecado pelo seu nome exato; homens, cuja consciência seja tão fiel ao dever como a bússola o é ao polo; homens que permaneçam firmes pelo que é reto, ainda que caiam os céus”.    

“Se não sofremos censura ou desdém do mundo podemos ficar alarmados, pois é nossa conformidade com o mundo que nos torna tão semelhantes a ele, que não desperta seus ciúmes ou sua malícia. Não há confronto de caráter”.     

“Os próprios mestres do povo não se tornaram familiarizados, por viva experiência, com a Fonte de sua confiança e de sua força. E quando o Senhor suscita homens e os envia com a exata mensagem para este tempo [a mensagem de 1888], a fim de que seja transmitida ao povo - uma mensagem que não é uma nova verdade, mas exatamente a mesma que Paulo ensinou, que o próprio Cristo ensinou - ela é para eles uma doutrina estranha”.  

Observe como a ‘preciosa mensagem’ de 1888 continuava sendo rejeitada em 1.898:

“Os preconceitos e opiniões, que prevaleciam em Minneapolis, de modo algum estão mortos; as sementes ali semeadas em alguns corações estão prestes a saltar para a vida e a dar idêntica colheita. A copa foi cortada, mas as raízes nunca foram desarraigadas, e elas ainda dão o seu fruto profano para envenenar o juízo, perverter a percepção, e cegar o entendimento daqueles com quem vos relacionais, com relação à mensagem e aos mensageiros. ... A religião de muitos dentre nós será a religião do Israel apostatado, porque amam a seus próprios caminhos, e abandonam o caminho do Senhor. A verdadeira religião, a única religião da Bíblia, que ensina o perdão somente pelos méritos de um Salvador crucificado e ressurreto, que advoga a justiça pela fé no Filho de Deus, tem sido desprezada, contra ela se tem falado, tem sido ridicularizada e rejeitada. É denunciada como levando ao entusiasmo e ao fanatismo”.    

Novamente em 1.898: “Tivesse a igreja de Cristo feito o trabalho que lhe foi apontado como o Senhor ordenara, e todo o mundo teria sido advertido antes disto, e o Senhor Jesus já teria vindo à Terra com poder e grande glória”.    

Ainda em 1.898: “Houvesse sido executado o propósito de Deus quanto a dar a mensagem de misericórdia ao mundo, Cristo já teria vindo e os santos teriam recebido suas boas-vindas à cidade de Deus”.   Prova de que a mensagem foi e ainda continua, de fato, rejeitada pela Administração da IASD, isto é, o anjo da igreja em Laodiceia? Jesus AINDA não veio! 

E em 1.901: “Esta é a mensagem para o nosso tempo. É a mensagem que, há treze anos [1901 – 13 = 1888!], foi dirigida ao nosso povo e que foi rejeitada como se não fosse mensagem alguma. 

Mas esta é a mensagem, apesar de alguns, durante aquele tempo, terem fechados os seus olhos, nunca a verão claramente. Mas como podem a obra e o povo ser tirados deste estado atual? Ele deve dar a alguém, que aceita voluntariamente a mensagem, força de pôr-se em evidência, para proclamá-la com clareza, mostrando assim o caminho que sai desta confusão e escuridão”.  

“A reforma avançou com poder. Mas há muitos, nesta audiência, que podem recordar quando o relógio [pêndulo] começou a andar para trás [a retroceder], e podem também recordar quando, há treze anos atrás [1901 - 13 = 1888!], em Minneapolis, Deus enviou uma mensagem a este povo, para livrá-los dessa experiência. 

... Até que ponto essa verdade foi recebida – não simplesmente por consentimento mental – mas realmente aceita? – Não muito, eu lhes asseguro. Até que ponto o ministério desta denominação tem sido batizado por aquele Espírito? -Não muito, eu lhes asseguro. Nesses últimos treze anos [1901 - 13 = 1888!], esta luz foi rejeitada e contrariada por muitos, e eles a estão rejeitando e a estão combatendo hoje”.  

“Os seguidores de Cristo devem esperar enfrentar zombarias. Eles serão injuriados; suas palavras e sua fé serão deturpadas. A indiferença e o desprezo poderão ser mais difíceis de suportar do que o martírio”.


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