Estudo 9 - Pecado e Natureza

pecado e natureza

PECADO E NATUREZA

Estudo 09

Texto: Jo 1:14

'E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai'. (Jo 1:14)

TIPOS DE NATUREZA 

Uma é a natureza divina, outra é a natureza dos anjos e outra é a natureza humana.

A natureza humana se subdivide em duas: santa e pecaminosa.

A natureza santa era antes do pecado, o homem não tinha inclinação errada, para ele era natural fazer o bem.

A natureza pecaminosa veio depois do pecado, o homem passou a ter inclinação apenas para fazer o mal, fazer o bem para ele se tornou antinatural.

A natureza antes do pecado chama-se pré-lapsariana e a natureza depois do pecado chama-se pós-lapsariana, hoje nós só conhecemos o que é natureza pós-lapsariana, a natureza santa só poderemos obtê-la na glorificação quando Jesus voltar. 

Quando Jesus se faz carne, ele assume qual dessas duas naturezas? 

A maioria dos teólogos e estudiosos defende que a natureza de Jesus era distinta, ou seja, era um terceiro tipo de natureza humana.

E existe um grupo minoritário que acredita que Jesus veio exatamente na forma que nós nos encontramos atualmente como pós-lapsarianos. Para entender esse assunto é preciso compreender corretamente o conceito de natureza e de pecado na Bíblia.

O QUE É PECADO?

Pecado é o que fazemos ou é o que somos?

O Homem é pecador por que peca, ou peca por que é pecador?

A nossa própria natureza pecaminosa já é pecado?

A resposta a essas perguntas sempre gerou controvérsias no cristianismo, desde à época do sec. IV, quando Agostinho desenvolveu a doutrina do pecado original.

Para ele o ser humano já nasceria condenado tendo em vista ter herdado a condição pecaminosa de Adão, e que essa condição em si já era pecado.

Com esse raciocínio a igreja católica mais tarde estabeleceu o chamado dogma da imaculada conceição, que é a ideia de que Maria também deveria ter nascido com a natureza de Adão antes do pecado para poder gerar um filho sem pecado, ressaltamos que esse ensino é totalmente antibíblico.

Outra consequência foi o estabelecimento do batismo infantil, tendo como premissa a doutrina do pecado original de Agostinho, a igreja percebeu que a única solução para mudar o caminho do ser humano de seu estado de pecado, seria batiza-lo pouco depois do nascimento. 

Que deixar uma criança sem esse sacramento seria condena-la a morrer pagão, e portanto, perdido.

Será que o ser humano realmente já nasce perdido? 

Você precisa estudar a Bíblia para chegar à sua própria conclusão sobre esse assunto, a grande maioria das igrejas cristãs defende a ideia de agostinho e de Calvino acerca da condição humana no nascimento.

No entanto, na Bíblia há evidências suficientes para provar o contrário, de que apesar da condição pecaminosa do homem, essa condição não é pecado em si.

De que o pecado se dá apenas mediante a decisão consciente de pecar.

DANDO A LUZ AO PECADO

'...cada um é tentado pela sua própria cobiça, quando esta o atrai e seduz. Então, a cobiça, depois de haver concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, uma vez consumado, gera a morte'. (Tg 1:14,15)

Esse versículo nos mostra que a natureza pecaminosa do homem não pode produzir pecado por si só, que o pecado é concebido mediante a ação humana, quando este cede aos ditames de sua natureza caída. 

Essa é a revelação da palavra de Deus que contraria tudo que é ensinado na teologia popular de nossos dias.

IMPLICAÇÕES

PADRÃO 1

Se você crer que a natureza humana já é pecado então seria impossível Cristo ter assumido essa natureza já que ele nunca pecou, e também seria impossível para mim e você vencer o pecado, já que essa vitória encontra-se numa esfera diferente da nossa.

PADRÃO 2

Agora se você crer que a natureza humana não é pecado, que pecado é apenas sua escolha consciente de ceder a ela, então seria possível Cristo ter assumido nossa condição pecaminosa sem nenhum prejuízo para sua santidade, e que também seria possível ao homem vencer o pecado por meio do poder divino que Cristo trouxe para ligar a humanidade.

Que a vitória de Cristo seria tanto por nós como PARA NÓS, ou seja, um modelo a ser vestido.

DESMISTIFICANDO O PERFECCIONISMO

Qualquer pessoa que ensine esse segundo padrão mostrado acima é taxada de perfeccionista, por ensinar que ao homem é possível ser perfeito como Cristo foi.

Porém, perceba a falácia do argumento para distinguir os conceitos.

O padrão 1 é a ideia da justificação ensinada pelos evangélicos, de que não precisamos guardar a lei por que somente Cristo conseguiu guardar a lei, que nós precisaríamos apenas crer que a obediência de Cristo é imputada a nós.

O padrão 2 é a base do pensamento adventista que mostra que a obediência é a marca distintiva do remanescente, e que essa obediência é a obediência de Cristo comunicada a nós.

Perceba o uso das palavras IMPUTADA e COMUNICADA.

Perfeccionista é a pessoa que pretende ser perfeita por méritos próprios, a obediência do remanescente não é perfeccionismo por que não é uma obediência própria, é obediência comunicada.

O remanescente acredita nos méritos de Cristo que lhe salva, isso é justiça imputada. 

E acredita nos méritos de Cristo que lhe habilita a obedecer, isso é justiça comunicada. 

Na base das duas está Cristo, não o homem.

Como o padrão 2 exige uma postura de dependência de Deus maior e compromisso de busca intensa pelo poder do Espírito para mudar o caráter, a natureza egoísta do homem o faz tender naturalmente para o padrão 1 e colocar todos os que creem no padrão 2 no mesmo saco dos perfeccionistas, por que isso é mais cômodo.

Aqui você teve a oportunidade de refletir sobre esse assunto importante e analisar os dois lados da moeda, agora é com você.

ESTUDO 9

Acompanhe o vídeo da nossa classe da fé, onde estudamos esse tema profundo sobre pecado e natureza:


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